Aumento para o Judiciário e milhares de reais gastos em jantares para senadores e deputados. Atraso no repasse do Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade Para Todos (Prouni) e engajamento para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. Apenas com esses quatro pontos, já é possível suscitar a dúvida sobre as prioridades do governo de Michel Temer, mas a situação ainda é muito pior.

O orçamento público e os gastos do Governo Federal se tornaram assunto nas discussões e conversas nos últimos tempos como nunca se viu.

Há alguns anos, o povo não se interessava, ou se preocupava, como seu dinheiro era gasto, porém, a fiscalização por parte da população agora é ferrenha. Mesmo assim, o governo Temer não faz muita questão de esconder suas prioridades, no mínimo, duvidosas e prefere realizar os cortes "na carne" da população, ao invés de na própria.

Mas não é só Michel Temer que utiliza o dinheiro público de forma "curiosa", diversos gestores também perderam a mão na hora de escolher onde investir seus recursos.

Conheça alguns gastos inapropriados de Temer

Em apenas pouco mais de seis meses de mandato, o peemedebista já foi capaz de causar diversas polêmicas envolvendo gastos desnecessários. De início, Michel Temer gastou, em apenas quatro meses, R$ 24 milhões no cartão corporativo da presidência.

Ele também realizou um orçamento, arcado em R$ 500 mil, para trocar o software livre do sistema dos computadores do governo e instalar o pacote da Microsoft. Mas um dos gastos mais bizarros envolvendo a gestão de Temer é o fato do ministro da Educação, Mendonça Filho, ter no orçamento de sua pasta o valor de R$ 198 mil só para lanches em suas viagens oficiais.

Figurinhas podres

Além de Temer, outras figurinhas carimbadas da política também são motivo de bizarrices com o dinheiro público.

104 ex-governadores e 53 viúvas possuem o direito de receber o salário integral após o fim do mandato. Nos últimos três anos, o valor gasto com essas figuras foi de R$ 100 milhões.

O ex-presidente Fernando Collor, atual senador, possui nada mais, nada menos, do que 81 assessores.

Para se fazer uma comparação, o senador Reguffe (Distrito Federal – sem partido) consegue gerir seu mandato com apenas nove assessores. O Senado Federal vai custar aos cofres públicos em 2016 cerca de R$ 2,7 bilhões.

Judiciário

Não é só na esfera política que os gastos bizarros aparecem. O famoso Judiciário brasileiro também não fica atrás.

Cada ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) têm direito a um carro Hyundai Azero estimado no valor de R$ 155 mil. Só nesse ano de 2016, foram adquiridos mais quatro carros desse modelo.

Um dos casos mais "brilhantes" do Judiciário brasileiro foi a aposentadoria compulsória com o valor integral de R$ 25.438,40 para a juíza evolvida com traficantes e casos de corrupção.

Um caso ficou famoso no Rio de Janeiro, em 2010, quando um juiz do estado conseguiu a proeza de receber mais de R$ 600 mil em salário e indenizações.

Para fechar os espetaculares gastos do Judiciário brasileiros, o Tribunal de Justiça do Paraná gasta cerca de R$ 1 milhão por ano com a folha salarial de seus garçons.

Funcionário padrão

Para fechar o top 10 de gastos bizarros, um ex-operador de xerox da Câmara dos Deputados chegou a receber de salário e indenização o valor mensal de R$ 22 mil.