As nomeações para ministérios são um problema para Michel Temer desde o primeiro dia em que entrou no lugar da presidente Dilma Rousseff. Ainda em maio de 2016, no primeiro anúncio, quando era interino, Temer disse que diminuiria a quantidade de pastas de 32 para 23 ministérios. Desde fevereiro de 2018, com a criação do Ministério da Segurança Pública, o governo possui 29 ministros, bem mais do que o prometido pelo emedebista.
Desde que assumiu a vaga de Dilma, Michel Temer já nomeou 63 ministros, são quase três trocas por mês. Os motivos são variados, entre ministros investigados, presos, que pretendem disputar a eleição de outubro ou simplesmente interesse político, como barganha por votações nas Casas Legislativas.
Os ministérios da Cultura, Justiça e Turismo foram os que mais sofreram com a instabilidade dos nomeados, com quatro ministros cada em menos de dois anos.
Os ministérios de Temer são criticados desde o início da gestão. Tudo começou quando o emedebista trocou todos os ministros de Dilma. Nessa limpa geral, ele não nomeou nenhuma mulher para chefiar pasta, eram todos homens brancos. O fato chamou a atenção e foi motivo de muitas críticas. A última vez que algo parecido tinha acontecido foi na Ditadura Militar, no governo de Ernesto Geisel, entre 1974 e 1979.