A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi destituíddo poder em agosto desse ano, após o término do processo de impeachment, recebeu um importante prêmio internacional do jornal britânico “Financial Times”. Dilma foi eleita pela revista com uma das mulheres mais importantes do ano. Várias outras personalidades de diversos outros segmentos, como a ginasta olímpica americana, Simone Biles, da música, como a também americana Beyoncé, e a candidata derrotada por Donald Trump, nas eleições americanas desse ano, Hilary Clinton, entre outras, também foram laureadas com a Premiação da revista.

A revista fez questão de descrever o perfil de cada mulher que foi escolhida como “mulher do ano”. Ao descrever Dilma, os americanos disseram que a ex-presidente tem um perfil classificado por eles como “tecnocrata nerd”.

“Ela nunca fica tão feliz do que quando discute detalhes minuciosos do Orçamento Federal, com auxílio de Power Point”, escreveu Joe Leahy, correspondente da revista no Brasil, que também afirmou na publicação, de que a ex-presidente petista é mais “tecnocrata nerd” do que “Política nata”.

Além da “estranha” descrição do perfil, o correspondente disse que Dilma continuará politicamente ativa, apesar de não pretender mais disputar nenhum cargo eletivo.

Processo de impeachment

Joeh Leahy também escreveu sobre o processo de impeachment que pôs fim ao segundo mandato de Dilma na presidência.

No ponto de vista do correspondente, o processo de impeachment não passou de “um julgamento político”, que se sucedeu, devido a grande queda de popularidade da presidente durante seu mandato, a recessão crescente da economia e a grande investigação de esquemas de corrupção na maior estatal do país, a Petrobras, envolvendo diversas figuras políticas nas investigações.

O correspondente ainda afirmou que os presidentes anteriores também usaram os mesmos “truques orçamentários” de Dilma, (desde antes da segunda guerra mundial) e nenhum deles teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), apenas Dilma, teve suas contas rejeitadas e foi punida por tais atos, com um remédio amargo, que foi a sua destituição do poder.