Falando pela primeira vez como presidente da República a uma plateia internacional, Jair Bolsonaro se apresentou ao mundo através de um discurso rápido e sucinto no 49º Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na tarde desta terça-feira (22).

Com a voz embargada e visivelmente emocionado, Bolsonaro afirmou que o Brasil passa por um momento de transformação política e que precisa dos investidores internacionais para que volte a crescer economicamente.

“Hoje em dia um precisa do outro. O Brasil precisa de vocês, e vocês com toda a certeza precisam de nosso querido Brasil”, afirmou.

Klaus Schwab, presidente do Fórum e mediador dos debates, questionou o presidente brasileiro sobre quais seriam os primeiros passos para que a transformação da economia brasileira realmente acontecesse mesmo lidando com o grave ambiente de corrupção. Bolsonaro, por sua vez, afirmou que inicialmente a desburocratização dos negócios deverá ocorrer, classificou essa nova etapa como um “comércio sem ideologia” e que o Brasil estará a partir de agora disposto a fazer negócios com todos os países. Prometeu também fazer as reformas estruturais que o país precisa, mas não citou em nenhum momento a reforma previdência, citou também o corte de impostos e que possui toda a credibilidade para conseguir alcançar as suas metas.

“Temos o compromisso de mudar nossa história”, afirmou.

Campanha eleitoral de menos de US$ 1 milhão

Bolsonaro tentou mostrar aos participantes do fórum que conseguiu alcançar o cargo executivo mais importante do país gastando menos de US$ 1 milhão em sua campanha eleitoral e que mesmo sendo “injustamente atacado a todo o tempo” por seus opositores conseguiu se eleger.

Ele também frisou que sua campanha não se pautou em tempo de televisão já que conseguiu apenas oito segundos em rede nacional.

Ele também citou a importância de sua equipe de governo, afirmando que pela primeira vez na história do país, os ministérios foram formados por pessoas qualificadas tecnicamente sem que houvesse nenhuma ingerência político –partidária, que segundo Bolsonaro, trazia a ineficiência do Estado e por consequência, a corrupção.

Durante o seu discurso, fez questão e citar Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, como homem certo e preparado para combater a corrupção sistêmica e a lavagem de dinheiro que mancharam a imagem do país internacionalmente.

Discurso reduzido

Inicialmente, o discurso do presidente brasileiro duraria 30 minutos, mas durou apenas 15 minutos, lembrando que Bolsonaro dispunha de 45 minutos para falar, no entanto, não quis se utilizar de todo o tempo disponível.