Em entrevista concedida ao jornalista José Luiz Datena e veiculada em seu programa. “Agora É Domingo”, da TV Bandeirantes, o presidente Michel Temer comentou sobre o presidenciável Jair Bolsonaro. Não é a primeira vez que o apresentador - que chegou a se candidatar ao senado, mas desistiu - entrevista o presidente da República, em Brasília.
O chefe do Executivo Nacional avalia o ex-capitão do Exército como um “fenômeno real”. “A meu ver, as pesquisas vão ter significado a partir do dia 15 ou 20 de setembro”, disse o presidente, que também falou sobre outros candidatos.
Sobre Henrique Meireles, candidato do MBD, Temer diz não guardar mágoas de seu ex-ministro da Fazenda, pois acredita que quem está na vida pública tem que ficar acima dos acontecimentos.
O presidente falou ainda que Meirelles cita sim seu governo na propaganda eleitoral, mas também tem mencionado sua participação no governo do PT, quando foi presidente do Banco Central. Temer também falou sobre Luís Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, o qual acredita ter plena capacidade de transferir votos para o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. “Eu acho que Lula é capaz de transferir votos sim", avaliou. "Só não sei se tantos votos”, complementou.
O candidato que for eleito, de acordo com o presidente, contará com total colaboração na transição de governo.
“Vou colocar todo o aparelho governamental para ajudar na transição”, garantiu.
O presidente ainda aproveitou a entrevista para fazer um desabafo e se defender das denúncias que vem sofrendo. Ele disse que a política é muito injusta e que seu governo vem sofrendo várias injustiças, além de classificar as denuncias que foram feitas contra ele como “pífias” e enxerga nelas um complô político.
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Crise migratória
Outro assunto levantado na entrevista exibida neste domingo foi a crise migratória no norte do país, com vários venezuelanos buscando refúgio em Roraima. O presidente explicou sobre a polêmica distribuição de senha na fronteira, afirmando que a maioria dos venezuelanos vem para o Brasil para comprar remédio e depois voltam, por isso, era preciso disciplinar a entrada deles.
Ele também negou veementemente que pudesse fechar a fronteira com o país vizinho. “Isso é incogitável. Jamais fecharíamos a fronteira por causa dos aspectos humanitários”, disse.
O presidente também foi questionado sobre a intervenção militar no Rio de Janeiro, a qual saiu em defesa, se apoiando em números e dados estatísticos. Segundo ele, os casos de roubo de carga, furtos e homicídios "caíram brutalmente".