O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o seu discurso durante a posse de presidentes de bancos públicos, nesta segunda-feira (07), para criticar uma bonificação por volume na mídia. Bolsonaro falou que esse incentivo direcionado para agências publicitárias iria ser eliminado. Esse incentivo está protegido por uma lei que foi sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

O capitão da reserva comentou que a imprensa é livre e é uma garantia da democracia brasileira. Entretanto, disse que alguns meios de comunicação foram "parciais" até pouco tempo.

Tanto na campanha quanto depois dela, Bolsonaro se utilizou das redes sociais para criticar determinadas empresas que, de acordo com ele, espalham mentiras ao povo.

Para estancar esse problema, o presidente falou que não haverá mais privilégios para beneficiar empresa A, B ou C. Todas serão tratadas de uma forma igual. O objetivo seria manter a imprensa forte e isenta.

Vale ressaltar que o presidente não citou o nome de nenhum órgão de imprensa.

ONGs

Bolsonaro também disse que as Organizações Não-Governamentais (ONGs) serão alvos de um rígido controle. Segundo ele, é importante saber como o recurso público destinado a essas ONGs está sendo utilizado e se não há desvio acometido por corrupção.

A Secretaria de Governo, chefiada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, será responsável pelo monitoramento e coordenação dessas ONGs.

Amizade

O presidente também enalteceu em seu discurso a amizade que construiu junto com seu economista Paulo Guedes. Ele agradeceu por Guedes ter o apoiado quando ele se lançou como candidato à Presidência da República. De acordo com o capitão, muitas questões econômicas eram desconhecidas por ele próprio e por isso Guedes seria o seu braço-direito nesse assunto no governo.

A cerimônia teve a posse dos novos presidentes dos três maiores bancos públicos do país. O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Joaquim Levy, vai assumir o comando do BNDES, Pedro Guimarães da Caixa Econômica Federal, e Rubem Novaes vai comandar o Banco do Brasil.

Segundo Bolsonaro, todos os presidentes dos bancos foram indicados sem interferência Política.

Os novos titulares ficaram encarregados de escolherem seus próprios diretores. Para Bolsonaro, não ter interferência políticas nessa questão é importante para que a Economia dê certo. Caso contrário, o governo ficaria refém de partidos políticos.