O jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo, virou notícia nos últimos dias. No primeiro dia do ano, um gesto que ele fez ao final do JN foi interpretado como continência. Bonner não participou da cobertura de posse, que ficou a cargo de Renata Lo Prete e Heraldo Pereira, mas apresentou o Jornal Nacional ao vivo de Brasília, nesta terça-feira (1º).
No final do telejornal, o apresentador disse que queria fazer mais uma observação. Em sua fala, Bonner elogiou o trabalho dos jornalistas na cobertura de posse de Bolsonaro.
Ele ainda afirmou que aquele não era um elogio apenas para a Globo, mas para a profissão. Ele afirmou que o jornalismo é uma profissão muito bonita e citou o dia histórico.
Além da Globo, a posse de Bolsonaro foi transmitida ao vivo pelas demais emissoras abertas, como Band, SBT, RecordTV e RedeTV!. Essas três últimas são mais próximas do presidente.
Ao se despedir, Bonner fez um gesto que lembrou continência. O fato, claro, não passou despercebido nas redes sociais. Internautas comentaram que o jornalista prestou continência ao presidente Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército e costuma prestar continência em algumas situações.
Outro internauta afirmou que não tinha preço ver Bonner prestar continência no final do Jornal Nacional.
Outra pessoa escreveu que percebeu uma guinada na Globo nos últimos dias. Segundo esse internauta, só faltou Bonner mandar um beijo para o Bolsonaro ao vivo. "Continência ele praticamente fez", escreveu.
Brigas e confusões em 2018
No primeiro Jornal Nacional de 2019, William Bonner prestou continência. No último telejornal de 2018, ele falou sobre brigas que aconteceram devido à efervescência política do Brasil.
Em chamada para uma matéria que falava sobre o poder do abraço, Bonner desabafou.
Ele afirmou que 2018 não foi fácil para ninguém e que todo mundo parecia ter certeza de tudo no ano que terminou. Isso causou grandes discussões, seja entre familiares ou entre amigos. Ele citou também as pessoas que saíram das redes sociais.
O clima político foi tomado por discussões entre esquerda e direita, petistas e anti-petistas, apoiadores de Bolsonaro e pessoas contra Bolsonaro.
Para piorar, o segundo turno da eleição presidencial foi disputado entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o que tornou os ânimos ainda mais acirrados. Bolsonaro venceu com 57 milhões de votos, contra 47 milhões de Haddad.