De acordo com aliados do Governo, Bolsonaro decidiu manter Bebianno no cargo. Segundo informações, o presidente decidiu atender aos pedidos feitos por pessoas próximas e manter Gustavo Bebianno como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Apesar de não ter tido uma conversa direta com o ministro, Onyx Lorenzoni e Carlos Alberto Santos Cruz, colegas de Bebianno, já garantem a decisão de Bolsonaro para a situação.

Tanto Santos Cruz, como Lorenzoni, trabalharam para amenizar a crise existente entre o presidente e o ministro da Secretaria-Geral.

A garantia de permanência no cargo se deu após alguns embates de Bebianno com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, como também com o próprio presidente. Mesmo sob pressão, Bebianno respondeu que ficaria a cargo de Jair Bolsonaro a decisão de demiti-lo ou mantê-lo no cargo.

Onyx Lorenzoni e Carlos Alberto Santos Cruz foram os pilares para amenizar crise no governo

O ministro-chefe da Casa Civil e o ministro da Secretaria do Governo tomaram a iniciativa de colocar "panos quentes" na situação. Ambos foram encontrar Bebianno depois de conversa junto a Jair Bolsonaro sobre o caso. Após Carlos Bolsonaro classificar Bebianno como "mentiroso", uma crise no governo se instaurou, e, para que fosse contornada, foi necessária a ação de Onyx e Santos Cruz.

A dupla se dirigiu até Bebianno para garantir sua permanência no governo após diálogo com o presidente. Muito além disso, tal como havia informado o jornal O Estado de S.Paulo, no último dia 7, alguns aliados do governo estariam em alerta para com a ação dos filhos do presidente, que, além de receberem proteção do pai, têm trazido consigo crises para o governo.

Rusgas de Carlos Bolsonaro e Bebianno não são de hoje

O filho de Bolsonaro tem feito constante ataques a alguns membros do governo. Inclusive, o mesmo chegou a divulgar áudios via WhatsApp onde o próprio presidente corroboraria com os ataques de Carlos a Bebianno, a quem criticou.

Outro caso ainda envolve o fato de o ministro Bebianno ter vazado uma prova de que o vereador Carlos Bolsonaro faria parte do atual governo.

O fato acabou provocando críticas até mesmo de apoiadores do presidente Bolsonaro nas mídias sociais, que condenavam o nepotismo praticado pelo presidente.

A crise atual acontece em um momento que o Planalto tenta manter ativa as negociações de pautas importantes a serem aprovadas no Legislativo, como é o caso da reforma da Previdência.