O presidente da República, Jair Bolsonaro, comandou, nesta quinta-feira (14) uma reunião com integrantes do Governo para debater a reforma da Previdência, a qual será submetida com urgência ao Congresso. No encontro, um fato que chamou a atenção é o traje do presidente. Ele vestia uma camisa do Palmeiras, clube pelo qual torce, na cor verde-limão. Contudo a camisa não é oficial.

O modelo falsificado é uma cópia de uma da camisa utilizada pela equipe em algumas partidas no ano de 2010. Apenas alguns detalhes pequenos diferenciam a original da falsificada.

Um deles, por exemplo, é o número colocado no espaço em que aparecia o logotipo da fabricante.

O mandatário brasileiro já chegou a participar, no ano passado, da cerimônia de entrega da taça do Campeonato Brasileiro, vencido pelo time. Ele assistiu todo o jogo e vibrou com a vitória do Palmeiras sobre o Vitória, por 3 a 2.

Aposentadoria

Nesse encontro com os integrantes do governo, Bolsonaro estipulou a idade mínima da aposentadoria. O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o presidente decidiu a idade mínima para homens de 65 anos e mulheres 62, após uma transição de 12 anos.

De acordo com Marinho, a proposta será assinada pelo presidente na próxima quarta-feira (20) e depois será encaminhada ao Congresso.

O secretário ainda ressaltou que Bolsonaro pediu para que algumas informações já sejam repassadas para as pessoas.

Segundo Marinho, no dia 20, Bolsonaro fará um pronunciamento e explicará mais detalhes sobre essa reforma. A meta do governo é de economizar R$ 1 trilhão na próxima década.

Tensão

Embora permanecendo ainda em repouso e sem muitos compromissos para os próximos dias, já que foi alvo de uma cirurgia recente, Bolsonaro está vivendo uma grande tensão no governo após surgirem supostas irregularidades envolvendo seu ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência e alguns atritos de Bebianno com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

Em uma entrevista à TV Record, o capitão da reserva disse que supostas irregularidades serão investigadas e o ministro "pode voltar às origens".

Segundo informou a Folha de S.Paulo, uma das estratégias de Bolsonaro seria isolar Bebianno, caso ele não peça demissão. O presidente foi aconselhado por aliados a chegar o seu desejo de que o ministro deveria sair, entretanto, Bebianno afirmou que resistirá.

O ministro exige uma conversa com o presidente antes de qualquer atitude. Entretanto, cogita-se nos bastidores que Bolsonaro comece a desprestigiá-lo, tirando-o de reuniões importantes até que ele decida pedir as contas.