O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, concedeu uma entrevista ao canal americano Fox News e falou sobre um assunto polêmico: preconceito. A jornalista Shannon Bream questionou o mandatário brasileiro sobre os motivos de várias pessoas identificarem ele como alguém com posições incompatíveis com "os valores americanos", em especial relacionado à comunidade LGBT.

Bolsonaro se defendeu e disse que muitos dos seus comentários são tirados de contexto. Segundo o presidente, se ele fosse uma pessoa preconceituosa, jamais teria ganho as eleições no Brasil.

O capitão repudiou supostas notícias falsas que envolvem o seu nome e disse que a população, por meio das redes sociais, já consegue ver o que é verdade e o que não é, mesmo vindo da imprensa tradicional.

O mandatário brasileiro disse que defende o modelo de família "da Bíblia". "Não tenho nada contra homossexuais nem contra mulheres e não sou xenófobo, mas quero ter minha casa em ordem", disse.

O presidente comentou ainda que quem seguir a vida homossexual, que fique à vontade, no entanto, numa sala de aula esse assunto não deve ser tratado com crianças.

Muro na fronteira

Bolsonaro também disse em entrevista a Fox News que apoia Donald Trump na construção do muro na fronteira entre Estados Unidos e México.

De acordo com o capitão reformado, a maioria dos imigrantes não possui boas intenções quando entra em determinado país.

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também está o acompanhando na viagem aos EUA e afirmou que sente vergonha de brasileiros que estão irregulares nos EUA. Vale ressaltar que Bolsonaro assinou um decreto suspendendo a necessidade de vistos para americanos, australianos, japoneses e canadenses que queiram entrar no Brasil.

Venezuela

O presidente do Brasil também comentou sobre a situação caótica que envolve a Venezuela. O país vizinho ao Brasil vive uma grave crise humanitária e está submetida ao regime de Nicolás Maduro.

Segundo Bolsonaro, é necessário agir de alguma forma para que o povo venezuelano seja libertado. O mandatário do Brasil disse contar com a ajuda de Donald Trump, já que os EUA possui grande capacidade bélica.

No entanto, a ala militar do governo já informou que o Brasil não apoiará qualquer intervenção na Venezuela e nem cederá território para soldados americanos. Na entrevista, Bolsonaro também rebateu acusações de que ele tenha envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.