Em viagem ao Chile, o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro participou de um programa no canal da Televisão Nacional do Chile (TVN), na noite desta sexta-feira (22). O presidente demonstrou incômodo com algumas perguntas relativas a sua posição com as minorias e afirmou, mais uma vez, que o Brasil não pretende entrar, militarmente, na Venezuela. Ele garantiu que não se utilizou a palavra "militar" em seu encontro com o presidente norte-americano Donald Trump.
No entanto, o presidente foi categórico ao declarar que aquilo que foi conversado durante a reunião em Washington ficará somente entre ele e Trump.
O presidente da república cobrou da alta representante das Nações Unidas sobre Direitos Humanos uma postura firme quanto à situação venezuelana. A oposição da Venezuela também cobra a mesma postura da representante Michelle Bachelet, que também já foi presidente chilena entre os anos 2006 e 2014.
O canal chileno intitulou Jair Bolsonaro de "o polêmico presidente do Brasil" e o fez responder a algumas questões relacionadas a minorias, mulheres e homossexuais.
Os questionamentos deixaram o presidente incomodado, que disse que o programa estava tentando constrangê-lo. Além disso, o presidente brasileiro negou as acusações e disse que quem o taxa assim é a imprensa. Segundo ele, se não gostasse de mulheres, de negros e de homossexuais, não teria sido eleito com votação expressiva.
Quando perguntado sobre movimentos feministas, Bolsonaro disse não ter nada contra, mas que não pode permitir que imponham esse tipo de comportamento a alunos de escolas do ensino fundamental e que isso não será mais admitido no Brasil.
Bolsonaro faz visita a shopping e é assediado por admiradores
Jair Bolsonaro fez uma visita a um shopping na capital chilena. Chegando ao local, foi ovacionado por quem estava passeando por lá.
O presidente da república escapou da agenda pois queria comer um hambúrguer. Bolsonaro tirou fotos com crianças e acenou para a população. Em sua visita ao Estados Unidos, o presidente também tirou um rápido intervalo para passear em um shopping do local.
De outro lado, grupos sociais do Chile fizeram manifestações contra o político. Bolsonaro justificou dizendo que são pessoas que acreditam em "fakenews". "Se eu fosse xenófobo, machista, misógino, racista, como teria ganhado no Brasil?", declarou o presidente, respondendo aos jornalistas locais.