O ex-ministro e um dos candidatos derrotados ao Palácio do Planalto em 2018, Ciro Gomes, do PDT, teceu críticas extremamente duras ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ele disse que o "lado bandido" do partido tem tomado a frente das decisões. Durante a realização de uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o ex-governador do Ceará afirmou que havia se tornado um dos principais alvos do PT, em alusão ao período em que realizava a campanha eleitoral para a Presidência da República, no final do ano passado.
Vale lembrar que o então candidato Ciro Gomes ficou fora da disputa em segundo turno da eleição presidencial.
A disputa se deu entre o atual mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro, e o representante do PT, Fernando Haddad. Bolsonaro consolidou a vitória em segundo turno, com mais de 57 milhões de votos.
'Hegemonia apodrecida'
De acordo com Ciro Gomes, ele seria uma ameaça à "hegemonia apodrecida" do PT. O ex-governador disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro seria fruto do "lado bandido do PT". Ciro, ao fazer uma análise da situação do partido, após a derrota nas eleições presidenciais, afirmou que o PT estaria completamente perdido e que sobraria, no entanto, ao "lado bandido" bater nele.
Entretanto, o ex-governador Ciro Gomes se referia à uma discussão recente que havia travado com a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.
Contudo, Ciro acredita que a eleição de Jair Bolsonaro para o Palácio do Planalto teria resultado numa suposta paralisia da sigla petista.
Vale ressaltar que ocorreram vários "embates" protagonizados pelo ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes, e a atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Ele chegou a chamá-la de "chefe de quadrilha".
No entanto, a deputada federal petista retrucou, ao chamar Ciro de "coronel oportunista".
Uma das críticas alavancadas por pelo ex-governador trata-se da decisão do partido do ex-presidente Lula em não participar da cerimônia de posse do presidente da República, Jair Bolsonaro. No entanto, segundo rememorado por Ciro, o PT, através de sua presidente Gleisi Hoffmann, teria participado da cerimônia de posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Ciro Gomes pontuou o fato como "antidemocrático".
Já em relação a projetos para o futuro, Ciro Gomes disse que o PDT se articula para se firmar como oposição ao governo de Jair Bolsonaro, no Congresso Nacional. Ciro destacou que seu partido tem atuado com parceria, em relação a outros partidos do especto da esquerda, como o PSB e o PCdoB.