Após as duras críticas feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, respondeu ao parlamentar. Vale ressaltar que o presidente da Câmara Federal ficou irritado com as cobranças de Moro para agilizar a aprovação do pacote anticrime. Maia chegou a afirmar que Moro é um "funcionário de Jair Bolsonaro" e que o ex-juiz que conduziu a Operação Lava Jato não seria o presidente da República.
Ao responder às críticas do parlamentar, Moro ressaltou que para algumas pessoas, o "combate ao crime pode ser adiado indefinidamente".
Entretanto, o ex-magistrado concluiu que essa situação não caberia como vontade do povo brasileiro, já que a população deseja viver em um país que seja considerado menos corrupto e também mais seguro. Moro rebateu ainda, na noite desta quarta-feira (20), as palavras proferidas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Tramitação do projeto anticrime
Ao relatar a apresentação do projeto anticrime, conforme dirigido ao presidente da Câmara, Moro afirmou que espera que o seu projeto possa tramitar, de modo regular, contando que o mesmo possa ser debatido e também aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso específico venha a requerer.
Moro ressaltou que o povo brasileiro não estaria aguentando mais a atual situação, em se tratando, da falta de segurança pública.
Moro salientou que todas as respectivas questões foram tratadas com cordialidade e respeito e que espera que o mesmo tipo de tratamento seja dirigido, em relação ao projeto de lei anticrime e também, em se tratando de quem tenha apresentado a proposta.
Vale lembrar que nesta quarta-feira (20) o presidente da Câmara chegou a desqualificar o projeto de autoria do ex-juiz da Operação Lava Jato.
Rodrigo Maia disse que o projeto de Moro seria um "copia e cola" em relação a uma proposta já apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As declarações de Moro, ainda na manhã da última quarta-feira (20), foram dirigidas em relação à possibilidade de que tanto o projeto anticrime quanto o projeto de reforma da Previdência poderiam tramitar ao mesmo tempo no Congresso Nacional.
Entretanto, o fato acabou incomodando Maia, que receia que o projeto do ministro Moro possa contaminar o debate relacionado à reforma Previdenciária, inclusive, ao se tornar um possível "entrave" para a aprovação relativas às regras de pensões e também de aposentadorias.