Nesta semana, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a Fundação da Lava Jato será alvo de grande ofensiva, em decorrência de um acordo feito que sinaliza o repasse de R$ 2,5 bilhões para uma fundação criada em decorrência das investigações da força-tarefa. Ministros estariam planejando responsabilizar os dirigentes da Petrobras que resolveram autorizar o acordo. O Tribunal de Contas da União (TCU) cogita o bloqueio de bens dos dirigentes da estatal.

Tanto os ministros do TCU quanto os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticam o projeto da Lava Jato.

Agora, o Partido dos Trabalhadores (PT) comenta o projeto com outros partidos e busca entrar com ações para evitar o fato. Contudo, petistas esperam questionar a atitude com o Conselho Nacional do Ministério Público.

Segundo a Folha, ministros do Supremo acreditam que tal atitude do repasse é algo "absurdo". Os ministros do TCU priorizam que a conduta neste caso deve seguir a lógica adotada de outros casos considerados semelhantes, então frisam o bloqueio de bens dos dirigentes da Petrobras.

Acordo com a Petrobras

A Operação Lava Jato assinou um acordo com a Petrobras. O valor recuperado da Petrobras através da Lava Jato seria destinado a uma fundação que envolve projetos sociais que frisam o combate à corrupção e lavagem de dinheiro.

Agora, ministros da Corte, STF e partidos se viram contra a decisão que envolve mais de R$ 2 bilhões.

A forte atuação da Operação Lava Jato no combate a crimes financeiros fizeram com que buscassem a alternativa de criar uma fundação própria, que seja independente e privada, comandada por procuradores. Contudo, o fundo também teria parceria de setores da sociedade e seu financiamento passa a ser com recursos oriundos das investigações.

Operação Lava Jato

Conforme informações do Ministério Público Federal, a Operação Lava Jato já arrecadou mais de R$ 3 bilhões provenientes da recuperação de valores através das investigações. Em janeiro, foi firmado o acordo com a Fundação, homologado pela juíza Gabriela Hardt. Os valores seriam vinculados a uma conta da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Segundo o procurador da Lava Jato no Paraná Paulo Roberto Galvão, a criação da Fundação foi uma forma de tentar retornar para a sociedade os valores recuperados. Além do mais, ele cita que solução foi pensada a fim de evitar que o dinheiro ficasse nos Estados Unidos, já que o acordo também envolve o departamento americano, um dos prejudicados com os crimes de corrupção envolvendo a estatal.