O vice-presidente da República, Antonio Hamilton Mourão, concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas quando estava chegando do almoço no Palácio do Planalto. As informações foram divulgadas pelo Jornal O Globo. Segundo Mourão, ele não vê nenhuma ligação do ataque a tiros com a política de flexibilização do porte de armas que é defendido pelo Governo de Jair Bolsonaro. Nesta quarta (13), uma Escola em Suzano, na Grande SP, foi alvo de dois atiradores que entraram na instituição e mataram crianças e funcionários. A polícia investiga a motivação do crime.

Mourão lamentou o ataque e disse que essas tragédias eram algo que não se via no Brasil. Ele revelou que tudo isso é triste e o Brasil nunca foi alvo desses acontecimentos. Segundo Mourão, isso era visto apenas em outros países. Outro ponto levantado pelo vice-presidente é que existem muitos jogos de vÍdeo game violentos e isso pode fazer mal às crianças.

Mourão comparou com seus netos que também são viciados em jogos violentos. Ele lembrou que no seu tempo de infância as crianças brincavam de bola, soltavam pipa, jogavam bola de gude. Hoje, são só jogos virtuais. "Lamento profundamente o que aconteceu", disse ele.

Flexibilização do porte de armas

Mourão foi questionado por jornalistas se esse massacre na escola não poderia causar discussões mais rígidas e enfraquecer a flexibilização do uso de armas.

De acordo com ele, isso não tem nada a ver. Entretanto, disse que os opositores ao governo com certeza usarão dessa estratégia para conturbar as coisas.

O vice se despediu dos jornalistas e afirmou que apenas deu sua opinião sobre os fatos e que jamais omite qualquer detalhe.

Atentado em Suzano

Nesta quarta-feira (13), a Escola Estadual Raul Filho foi alvo de um ataque protagonizado por dois ex-estudantes do local.

Eles entraram armados e fizeram várias vítimas. O desespero foi enorme. Crianças corriam e pulavam o muro da escola buscando escapar das ações dos assassinos. Os atiradores estavam encapuzados.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, emitiu uma nota de lamento e classificou o caso como um "grave atentado". Ele desejou forças para os familiares e colocou à disposição do governo do Estado de São Paulo qualquer ajuda necessária.

João Doria, governador do estado, esteve presente no local do massacre e afirmou que nunca tinha visto algo desse tipo em sua vida.