Em sua primeira fala em Washington, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou seu interesse no país e reviveu conteúdos que o acompanharam em sua trajetória até a presidência, tais como o conservadorismo e as duras críticas aos governos petistas anteriores. Bolsonaro afirma que, diferentemente de como acontecia em governos anteriores, a economia do Brasil estará aberta a propostas e negociações com outros países.

Em seu discurso ele destaca os Estados Unidos. Na visita a Washington, o presidente participou do evento denominado Brazil Day In Washington, sediado na Câmara do Comércio.

O evento contava com o patrocínio de empresas privadas, como multinacionais, tendo seu público formado integralmente por empresários e investidores advindos de outros países.

O Brazil Day in Washington festejou chegada de Bolsonaro

Ao chegar no salão decorado nas cores verde e amarelo, Bolsonaro foi ovacionado pelo público, que, instantaneamente, pegou seus celulares a fim de registrar o acontecimento. O presidente discursou e ainda assinou um acordo que permitirá que satélites americanos sejam lançados a partir da Base de Alcântara, no Maranhão. Ao discursar, Bolsonaro não teria feito uso de teleprompter, e assim falado de forma improvisada.

Ele deu início ao seu discurso agradecendo aos ministros presentes e exaltando a importância de cada um.

Em seguida, afirmou que a grande transformação do país virá através das mãos de Deus e ainda fez comparações, dizendo que o povo americano é muito semelhante ao brasileiro: conservadores e cristãos. Ressalta-se que a visão de valores morais e políticos se fez muito presente no discurso realizado pelo presidente. Ele ainda acrescentou que sua eleição teria sido um milagre, visto que ele alega ter sofrido assédio da mídia no período de dois anos anteriores à eleição.

Segundo o presidente, o povo brasileiro observava a crise na Venezuela e via um exemplo de o que poderia acontecer com o Brasil se a esquerda, que ele alega que a população brasileira não tolerava mais no poder, se elegesse novamente. O início da fala desencadeou em inúmeras críticas aos presidentes de governos petistas.

Bolsonaro ressaltou durante seu discurso que o Brasil possui um grande potencial econômico e demonstra que o país já tem grandes parceiros no setor, mas destaca os Estados Unidos como um em especial.

O presidente ainda salientou que pretende assinar mais acordos, que incluam a agricultura e mineralogia.

O presidente ainda destacou ser um grande simpatizante do ex-presidente dos EUA Ronald Reagan, sobretudo quanto a uma fala em que ele diz que o povo é que deve conduzir o Estado, e não de forma contrária. Concluindo seu discurso, Bolsonaro disse que ao conhecer Paulo Guedes, atual ministro da Economia, que também é um grande fã e admirador do ex-presidente, ele brinca que foi amor a primeira vista, na questão econômica, levando o público aos risos, e finalizou dizendo não ser homofóbico.

Ele destacou ainda em seu discurso que acredita na família e em Deus, e não crê no politicamente correto, assim como não aprova a ideologia de gênero, que foram constantemente temas de sua campanha para presidente. Ele relatou ainda que um dos temas que irá abordar em seu encontro com o presidente Trump será a crise que assola a Venezuela.