O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chegou em terras americanas neste domingo (17) sob forte esquema de segurança. Bolsonaro foi recepcionado por algumas pessoas sob gritos de "mito" e pousou na Base Aérea de Andrews, em Maryland.
O mandatário brasileiro terá um agenda recheada de reuniões nesta semana com nomes ligados à direita, com líderes religiosos e com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os locais por onde Bolsonaro passará foram interditados pela polícia americana para evitar qualquer contratempo. O mandatário brasileiro não concedeu entrevistas na chegada à Blair House.
Em uma manifestação pelo Twitter, o mandatário brasileiro comentou que sua estadia não está sendo paga com dinheiro público e afirmou que a parceria entre Brasil e Estados Unidos só tende a assustar defensores do atraso e da tirania que existem ao redor do mundo.
Nos hospedaremos na Blair House. É uma honraria concedida a pouquíssimos Chefes de Estado, além de não custar um centavo aos cofres públicos. Agradecemos ao Governo Americano a todo respeito e carinho que nos está sendo dado. 🇧🇷🤝🇺🇸
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de março de 2019
Bolsonaro ainda disse que há muito tempo um presidente brasileiro "não antiamericano" não ia a Washington buscar parcerias para o progresso do país.
Na equipe destinada à segurança do presidente, tinha dez veículos e uma ambulância.
Uma bandeira do Brasil foi colocada na entrada da Blair House e será retirada apenas após o presidente ir embora dos EUA.
A última vez que um presidente foi aos Estados Unidos em viagem como chefe de Estado foi quando Dilma Rousseff se encontrou com Barack Obama, em 2015. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso também estiveram em Washington durante seus mandatos.
Na época, FHC chegou a ter um jantar de gala a sua espera e foi tratado com protocolo máximo de Estado.
Alguns protestos
A ida de Bolsonaro para falar com Trump também causou alguns protestos no país. Um grupo de 50 pessoas chamou Bolsonaro de "fascista" e "racista". Com faixas e cartazes, eles gritavam "Not Him", que seria "Ele Não", em referência a uma hashtag utilizada contra o o capitão da reserva durante a campanha eleitoral do ano passado.
Comitiva
Bolsonaro levou com ele aos Estados Unidos vários ministros para acompanhá-lo. Entre esses ministro estão Paulo Guedes (da Economia) e Sergio Moro (da Justiça e Segurança Pública).
Segundo o jornal Correio Brasiliense, Moro disse aos jornalistas na saída do hotel Blair House sobre a importância de criar uma relação consolidada com os Estados Unidos, o que favorecia frutos bons para o Brasil num futuro próximo.
O ministro da Justiça acredita que a viagem ajudará a aproximar mais autoridades brasileiras da área de segurança com as americanas, proporcionando mais cooperações de ambos os lados.