O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, resolveu se manifestar por meio das redes sociais a respeito dos servidores da Receita Federal que teriam acessado seus dados fiscais e também de seus familiares, de modo ilegal.
O mandatário brasileiro se expressou por meio de seu perfil da rede social do Twitter, na noite desta sexta-feira (5), comentando que teria ocorrido uma tentativa de incriminá-lo de alguma forma, durante o período eleitoral em que era disputada a eleição para a Presidência da República. Conforme as investigações promovidas por agentes da Polícia Federal e da própria Receita Federal, acessos considerados ilegais foram feitos por servidores, através de uma nota emitida pela instituição.
Desde o início do ano passado 2 funcionários da Receita acessaram ILEGALMENTE informações fiscais de minha pessoa e familiares. Procuravam algo para vazar e me incriminar por ocasião da eleição. Sindicância da Receita concluiu não haver “legalidade para acesso" e notificou a PF.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 5, 2019
Sindicância aberta por determinação da Receita Federal
De acordo com a decisão tomada pela Receita Federal em realizar uma sindicância para apurar o ocorrido, não haveria motivo que pudesse justificar o acesso de dados sigilosos do presidente da República, Jair Bolsonaro, e também de seus familiares, segundo a conclusão da nota emitida pelo órgão federal.
Em sua rede social do Twitter, o presidente Jair Bolsonaro foi taxativo ao afirmar que "procuravam algo para vazar e me incriminar por ocasião da eleição", escreveu o mandatário brasileiro em seu perfil da rede social.
Ao se expressar, o presidente Bolsonaro disse que dois funcionários da Receita Federal teriam acessado seus dados, de modo ilegal, em se tratando de informações fiscais de sua pessoa e de seus familiares.
O mandatário do país deixou claro que, de acordo com notificação apresentada pela Receita à Polícia Federal, a conclusão é de que, por meio de sindicância realizada, não havia "legalidade para acesso".
A própria Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão de computadores ligados aos servidores que acessaram os dados do presidente da República e de familiares. As apreensões ocorreram em dois municípios de onde esses servidores atuavam, Cachoeiro do Itapemirim, no estado do Espírito Santo e Campinas, interior do estado de São Paulo.
As informações relacionadas aos mandados de busca e apreensão foram repassadas pelo jornalista colunista do jornal "O Globo", Lauro Jardim.
Um dos alvos da operação desencadeada pela Polícia Federal, trata-se de Odilon Ayub Alves. O servidor público é lotado em uma das unidades da Receita Federal, localizada em Cachoeiro do Itapemirim, na região sul do estado do Espírito Santo. Odilon Alves chegou a prestar depoimento à Delegacia da Polícia Federal, em Vitória, capital do estado. A audiência durou aproximadamente uma hora e o teor das informações repassadas à Justiça não foi divulgado. Em seguida, o servidor foi liberado.