A Justiça do Rio de Janeiro determinou, na tarde desta segunda-feira (13), a quebra dos sigilos fiscais e bancários do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de Fabrício Queiroz, que é ex-policial militar e também foi assessor do filho do presidente da República.

A quebra ocorreu no dia 24 de abril de 2019, porém só foi noticiada agora pelo jornal O Globo. A quebra do sigilo foi solicita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A investigação não alcança apenas o senador e seu ex-assessor, já que os familiares também são alvos da Justiça. Para isso, a Justiça também autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancários de Fernanda Bolsonaro, esposa do senador, e também uma empresa que pertence aos dois, a Bolsotini Chocolates e Café LTDA, além das duas filhas de Fabrício Queiroz, Nathalia e Evelyn, e também a esposa de Queiroz, Márcia.

A defesa de Fabrício Queiroz diz que a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-assessor já havia sido autorizada e que esta é uma mera tentativa de fazer parecer legal um ato que foi ilegal desde o início. Já a defesa do senador Flávio Bolsonaro também afirmou que suas contas bancárias haviam sido expostas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Flávio Bolsonaro ainda diz que todo o caso é uma tentativa de danificar a imagem do pai.

Entenda o caso

A quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz é consequência de uma investigação que começou com a divulgação de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Na ocasião, outros 74 funcionários e ex-servidores da Alerj também estavam apontados no relatório.

Em um espaço de um ano, foi detectada uma movimentação de aproximadamente R$ 1,2 milhão na conta bancária de Fabrício Queiroz, o que chamou a atenção do órgão. Também chamou a atenção o depósito de um cheque no valor de R$ 24 mil para Michele Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro. Na época, o presidente negou qualquer depósito suspeito na conta da mulher.

Decreto de armas pode ser modificado

Nesta segunda-feira (13), o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse que o presidente Jair Bolsonaro está disposto a flexibilizar o decreto que permite o porte de armas, editado na semana passada.

Segundo o porta-voz, o presidente está disposto a flexibilizar alguns pontos do decreto em diálogo com o Congresso Nacional, para, eventualmente, adaptar o decreto que foi assinado na última semana.

Ainda segundo Rêgo Barros, o presidente deve divulgar na terça-feira (14), um vídeo explicando alguns pontos polêmicos do decreto das armas, como vem sendo chamado.