Nesta última terça-feira (21), dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniram para debater rumos que a sigla deve seguir, baseando-se na opinião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. A opinião do líder do PT foi colhida por um aliado dele que foi até Curitiba.

Segundo informações de um dos aliados de Lula, divulgadas na edição desta quinta-feira (23) da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o ex-presidente não quer que o PT bata na tecla do "Fora Bolsonaro".

A razão disso é que forçar uma decadência do presidente seria o mesmo que enaltecer e aclamar a ascensão do seu vice, o general Antonio Hamilton Mourão. Para Lula, o partido não deve defender a tese do parlamentarismo e a única saída seria uma "oposição propositiva".

De acordo com as informações, o ex-presidente avalia que é necessário fazer um contraponto ao Governo, apresentando projetos alternativos e apoiando manifestações nas ruas para pressionar o presidente. Em uma reunião que acontecerá na próxima terça (28), todos os procedimentos serão passados para os líderes do partido a fim de concretizar as sugestões dadas por Lula e montar o caminho a ser seguido pela sigla.

O ex-presidente ainda defende que o PT foque no programa de governo do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, buscando contrapor as ações de Bolsonaro com outras ideias.

Uma proposta de reforma tributária está sendo cogitada a ser debatida e levada adiante pelo partido.

Protestos

Um dos propósitos de deputados do PT é ampliar protestos de estudantes e professores para o dia 30. O objetivo da sigla é mostrar que existe resistência contra o governo Bolsonaro. Uma das ordens dentro do partido é que evitem a bandeira "Lula Livre", assim busquem dar maior vazão à convocação.

Segundo as informações da Folha, a manifestação pró-Bolsonaro que está prevista para acontecer neste próximo domingo (26) ajuda para que os protestos contra a política educacional ganhem mais força.

Embora aliados do presidente afirmem que as mobilizações pró-Bolsonaro sejam espontâneas, nos bastidores, apoiadores do presidente gravam vídeos chamando as pessoas para as ruas.

O senador Major Olímpio (PSL), por exemplo, seria um desses.

Declarações do presidente

Jair Bolsonaro avisou, durante um café da manhã com jornalistas, nesta quinta-feira (23), que quem defende o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional nas manifestações deste domingo (26) está seguindo caminhos errados.

De acordo com o presidente, essa ideia de fechamento das instituições é totalmente equivocada e só se aproxima do esquemas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. As informações são da Band News.