Em abril deste ano, uma reportagem na revista Veja revelou sobre a vida difícil de Maria Aparecida Firmo Ferreira, avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A idosa tem problemas cardíacos, sofre de mal de Parkinson, não consegue se locomover muito bem e vive em uma situação precária na favela Sol Nascente, região periférica de Brasília e onde o tráfico de drogas predomina com facções criminosas tomando conta do local. No entanto, a mesma Veja revelou um outro lado desta história. Nesta sexta-feira (16), a reportagem citou o drama vivido por Michelle com seus familiares.
Segundo a matéria, a sua avó já foi presa por tráfico e sua mãe tem passagem pela Polícia acusada de falsificação de documentos.
Faz bastante tempo que Michelle não vê a sua avó e nem mesmo a convidou para a posse do seu marido, o presidente da República, Jair Bolsonaro. A Folha de S.Paulo, recentemente, chegou a levantar uma polêmica ao dizer que encontrou a avó de Michelle em uma maca no corredor de um hospital público. Aguardando para fazer uma cirurgia, a avó não recebia nenhum conforto da neta e dizia que fazia muito tempo que não a via.
Entretanto, por trás desse suposto desprezo da primeira-dama com sua avó, está um drama familiar. Antes de se aposentar, Maria Aparecida traficou drogas e chegou a ser presa.
Nas ruas, ela era conhecida como "Tia", e, de acordo com informações da própria polícia, tinha como principal atividade vender drogas. Na época, dona Maria Aparecida tinha 55 anos.
A Veja conseguiu acessar documentos onde houve uma denúncia grave contra Maria Aparecida, que vendia drogas a poucos quilômetros do Palácio do Planalto.
Policiais pegaram em flagrante a senhora com cocaína, vales-transporte e dois relógios. Na delegacia, ela confirmou o crime.
Na prisão, a avó de Michelle teria tentado subornar um agente oferecendo dinheiro a ele. O plano, segundo a Veja, era fingir que estava doente, em seguida iria para um hospital e no meio do caminho mudar a rota e ir para casa.
Por essa razão, ela acabou sendo punida com prisão na solitária e teve vários benefícios suspensos. Após dois anos e dois meses de cadeia, ela teve sua pena extinta.
Mãe de Michelle Bolsonaro
Maria das Graças, mãe da primeira-dama, também foi alvo da Justiça. Ela possuía dois registros civis, um verdadeiro e outro falso. Na época, foi aberto um inquérito policial para investigar o crime de falsificação de documentos.
Maria das Graças se defendeu dizendo que nunca praticou nenhuma atitude criminosa e teria sido aconselhada por amigas a fazer um novo registro após ter sido abandonada pelo pai. Contudo, em 1989, Maria das Graças foi indiciada por falsidade ideológica, mas teve seu processo arquivado.
Essas seriam as razões da primeira-dama estar distante de sua família. Um parente que não quis se identificar contou que quando Jair Bolsonaro se candidatou à Presidência, Michelle teria ido até elas tentar resolver pendências na Justiça. Contudo, elas não aceitaram a ajuda e se afastaram dela.