As discussões politicas estão cada vez mais “acaloradas” dentro do aspecto publico e cada vez mais, há manifestações não só na esfera virtual, mas também na esfera presencial. Não foi diferente em um evento na cidade de Taubaté, São Paulo, onde o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), estava presente nesta terça-feira (15) a noite. Os manifestantes apoiavam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e cobravam do governador, dizendo que Doria se elegeu graças ao slogan “bolsodoria”.

Essa manifestação acontecia desde quando o governador chegou a avenida do Povo.

As manifestações eram de um grupo que se intitulava “Direita Taubaté”, que fazia discursos contra Doria. Os manifestantes estavam com um microfone e cartazes e gritavam frases como “Pinóquio” ou “Pinóquio do pau oco”. Além de também dizerem que Dória teria “surfado” na onda do então candidato, Bolsonaro.

Doria em dado momento do seu discurso, disse aos manifestantes para irem para casa e os chamou de “vagabundos”. Disse ainda para os manifestantes irem “comer mortadela” em companhia da “mães” deles e ainda, chamou de “sem vergonhas”. “Vai pra casa, vagabundo! Vai comer sua mortadela com a sua mãe, seu sem vergonha”, disse Doria. O governador disse para os manifestantes cobrarem do senador Major Olímpio os seus “duzentinhos” para ir ao evento dizer "bobagens".

Nos últimos meses, o governador paulista, se distanciou do presidente Bolsonaro com quem, agora, troca várias farpas. Tudo indica, que os dois políticos venham disputar a eleição presidencial daqui a, mais ou menos, três anos (2022). Doria, desde o começo do discurso, estava mandando o recado para os manifestantes. Dória ainda disse no começo do discurso que os manifestantes deveriam “beijar” os pés do senador Major Olímpio com quem disputou as eleições para governador.

Doria foi defendido pelo prefeito de Taubaté – que é filiado ao PSDB – Ortiz Junior, e também pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. No discurso, Ortiz disse que era um “soldado” de Doria e era também “briguento” para defender o governador. Deu um recado aos manifestantes para irem “chorar na cama”, pois, era um lugar quente.

Não é a primeira vez que Doria enfrenta esse tipo de manifestação desde quando fez críticas ao Governo Bolsonaro. Também no dia 11 de outubro, enquanto o presidente foi exaltado como “mito” em uma formatura de sargentos da PM do Estado de São Paulo, o governador foi vaiado pelos formandos e pelas famílias. No mês passado (setembro), o presidente Jair Bolsonaro se referiu ao governador João Doria, em entrevista a Folha de S.Paulo, como uma “ejaculação precoce”. Assim como, Doria passou a dizer que não era “bolsonarista”, muito embora, tenha usado o slogan “bolsodoria”.

Major Olímpio responde Doria

Depois que seu nome foi citado pelo governador João Doria, o senador e líder do PSL no Senado, Malor Olímpio, voltou a fazer críticas a ele.

Em sua conta no Twitter, Olímpio respondeu e subiu o tom da discussão em uma troca de farpas ao postar o vídeo do discurso de Doria.

O Major disse que Doria era uma vergonha e o governador deveria ter mais respeito quem defende a população. Pois, segundo o senador, Dória falou com policiais veteranos e os chamou de “vagabundos”, isso mostraria que Doria despreza a categoria policial e não merece o cargo de governador. Olímpio chamou Doria de oportunista e se defendeu dizendo, nunca ter pagado nada – em referência a acusação de Doria de ter pagado os manifestantes.

As farpas começaram na última segunda-feira (14), quando o governador Doria disse que as vaias que recebeu no dia 11 de outubro foram planejadas pelo senador Major Olímpio.

O senador reagiu no Twitter escrevendo, que as vaias seriam por causa de uma falta de respeito com os policiais paulistas. Major já era um crítico de Doria desde as últimas eleições, onde apoiou o candidato Márcio França (PSB) no segundo turno. Na mesma ocasião, Olímpio exitou que o governador recebesse o apoio de Bolsonaro publicamente. Porém, Doria teve apoio da deputada Joice Hasselmann que foi eleita deputada federal e é colega de partido do senador, o PSL.