Nesta quinta-feira (2), a revista britânica The Economist publicou um artigo no qual afirma que o Governo brasileiro de Jair Bolsonaro tem sofrido avanços significativos na economia, mas que, por outro lado, está retrocedendo nas questões ambientais e de combate à Corrupção.

Segundo a revista, a vitória de Bolsonaro nas eleições 2018 foi um pedido de socorro dos brasileiros que estavam traumatizados com a recessão da história, pela criminalidade e a corrupção envolvendo políticos e empresários. No primeiro ano de governo o país só alcançou uma parte de que foi almejado pelos eleitores.

De acordo com a The Economist, a reforma da Previdência foi o maior feito no governo Bolsonaro, isso porque tende a desarmar a armadilha montada por governos anteriores que visavam pagar altos benefícios às pessoas que geralmente se aposentavam aos 55 anos.

Com a reforma da Previdência, elaborada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, há um restabelecimento da confiança na economia brasileira que tende a colaborar para a redução das taxas de juros. Segundo o artigo, a economia em 2020 deverá crescer cerca de 2% acima da média latino-americana.

Além de elogiar o ministro da Economia, a Economist também ressaltou a importância da privatização de empresas públicas, simplificação de impostos, bem como a transferência de valores e poderes para os estados e municípios brasileiros.

Pontos negativos, segundo The Economist

Por outro lado, a revista britânica criticou duramente as posições do governo em outras áreas como o incentivo à violência policial, o descaso no combate à corrupção, falas inapropriadas do presidente junto e direcionadas a repórteres.

No tocante a Operação Lava Jato, a revista afirmou que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teve sua função comprometida por revelações de proximidade inapropriada com procuradores.

Segundo o artigo publicado, atitudes que geram aumento do desmatamento no meio ambiente, também merecem atenção, assim como o fato de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, ter se envolvido em denúncias de organização criminosa, onde as acusações o definem como chefe que embolsava dinheiro na prática a chamada "rachadinha" e sobre os laços com milícias de homicidas de ex-policiais.

Por fim, a revista conclui afirmando que se o governo Bolsonaro resolver a questão econômica e esquecer as outras áreas, provavelmente haverá do que se orgulhar, mas os brasileiros, e o mundo, "terão pago um preço alto e desnecessário".