O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (3) que o ataque realizado pelos EUA nos Iraque poderá impactar os preços dos combustíveis aqui no Brasil. O ataque, comandado pelo presidente americano Donald Trump, foi uma retaliação a morte de americanos na região, atribuídas ao Governo do Irã.

Nesse ataque, morreu o general iraniano Qassem Soleimani, que por muitos era considerado um herói nacional. Segundo o portal G1, os Estados Unidos afirmaram que o ataque foi aéreo e em um aeroporto de Bagdá, capital do Iraque.

Após o ataque dos Estados Unidos, o preço no mercado internacional disparou, porque teve uma reação imediata ao bombardeio americano.

Irã e o Iraque são grandes produtores de petróleo e sustentam o mercado mundial. Assim, o impacto chega no Brasil e, segundo Bolsonaro, o preço do combustível já é caro, e se subir mais, vai complicar aqui.

O presidente não nega que vai ter um impacto nos preços, mas vai ainda analisar qual é o limite que poderá segurar. Disse que não vai tabelar nenhum item e deu o exemplo da carne, que muitas pessoas pediram para ele tabelar e não tabelou, e ainda afirmou que todas as políticas de tabelamento não deram certo e não fará nada desse tipo.

Ainda, Bolsonaro disse que tentou falar sobre o combustível com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e também com o presidente atual da Petrobras, Roberto Castello Branco, porém, os dois não atenderam o telefone.

Na entrevista, os jornalistas perguntaram se tinha uma alternativa além do tabelamento, e Bolsonaro respondeu que vai conversar com quem entende. Segundo ele, o Brasil está dando certo porque não “mete o bedelho” onde não entende.

O presidente ainda disse que iria ter uma reunião com o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, para obter mais informações sobre o ataque americano ao Iraque.

Israel coloca seu Exército em alerta máximo

Logo depois do ataque americano a Bagdá, Israel colocou suas Forças Armadas em alerta máximo nesta última sexta-feira (3), além do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, interromper uma viagem ao exterior.

Israel é considerado um aliado muito próximo do governo americano dentro do Oriente Médio, bem como uns dos maiores inimigos do Irã, e não chegou a responder publicamente sobre as mortes, tanto do líder Qassem Soleimani quanto o chefe da milícia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, no ataque ao aeroporto de Bagdá.

Por outro lado, teve a confirmação do gabinete do ministro israelense Netanyahu que ele vai encurtar a sua viagem para a Grécia.

Uma estação de rádio do Exército de Israel informou que todos os militares estão em alerta máximo e que o seu ministro da defesa, Naftali Bennett, fez uma reunião com os principais chefes das Forças Armadas israelenses para uma avaliação da situação.