Durante a manhã dessa quarta-feira (19), as jornalistas Miriam Leitão e Renata Lo Prete comentaram a respeito das falas do presidente da República, Jair Bolsonaro, que ofendeu a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo. Na ocasião em que Bolsonaro foi desrespeitoso, ele chegou a fazer uma insinuação de duplo sentido sobre a repórter.

Renata Lo Prete afirmou durante o "Jornal da Globo" que se sentia indignada com a situação, assim como os seus colegas também nutriam o mesmo tipo de sensação frente à postura de Jair Bolsonaro.

Na ocasião, Renata ainda destacou que o respeito à dignidade humana é algo necessário a todos.

Ainda nessa ocasião, a jornalista afirmou que não poderia deixar essas afirmações passarem batidas devido ao fato de que ela também é uma mulher e uma jornalista. A fala foi feita logo depois que o Jornal da Globo passou uma matéria a respeito das ofensas de Jair Bolsonaro à repórter da Folha.

No que se refere à manifestação de Miriam Leitão, é possível afirmar que ela aproveitou o seu espaço no Bom Dia Brasil para falar a respeito do assunto. Na ocasião destacada, Miriam afirmou que um presidente não poderia fazer uma insinuação com esse teor, especialmente considerando a gravidade do que foi dito e tampouco acusar alguém sem ter provas.

Também sobre o assunto, Miriam Leitão fez questão de destacar que Bolsonaro não pode usar o espaço que possui para fazer ataques pessoais e agredir pessoas ou grupos sociais, algo que, para a jornalista, o presidente da República tem feito com frequência.

Depois de falar sobre o que pensava a respeito do caso da repórter da Folha de S.Paulo, a jornalista ainda fez questão de deixar claro que Jair Bolsonaro poderia responder à reportagem veiculada pela jornalista, mas que ele nunca poderia fazer isso usando insinuações do tipo, visto que representava uma atitude machista e sem dignidade.

Ainda comentando sobre esse ponto, Miriam Leitão fez questão de destacar que esse comportamento ainda possui um caráter difamatório e de lembrar que difamação é crime.

Entenda o contexto dos protestos

Durante a manhã da última terça-feira (18), o presidente da República Jair Bolsonaro chegou a afirmar que a jornalista Patrícia Campos de Mello queria um furo, fazendo referência ao texto publicado por ela. A jornalista em questão realizou uma entrevista com um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens no WhatsApp, recurso que Bolsonaro foi acusado de utilizar durante a sua campanha eleitoral.

Fazendo uma insinuação baixa, Bolsonaro afirmou que a repórter queria “dar o furo a qualquer preço”. Posteriormente, o presidente começou a rir.