Na última quarta-feira (22), o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, juntamente com Carlos Lupi, atual presidente nacional do PDT, protocolaram um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. O motivo para a iniciativa em questão está ligado ao fato de que ainda no último domingo (19) Bolsonaro esteve presente nos atos a favor da ditadura que aconteceram na cidade de Brasília.

De acordo com informações do site Conversa Afiada, atualmente já estão na mesa de Rodrigo Maia, o atual presidente da Câmara dos Deputados, 24 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro.

Mostra-se válido afirmar ainda que no documento apresentado por Ciro Gomes, ele e Carlos Lupi acusam o presidente Jair Bolsonaro de cometer um crime de responsabilidade. O motivo para essa acusação está ligado a todo o incentivo que Bolsonaro deu para que as manifestações de domingo acontecessem. O objetivo principal dos protestos era pedir o fechamento do Congresso Nacional.

De acordo com o texto do pedido, divulgado em partes pelo Portal Conversa Afiada, ao incitar uma manifestação contra os poderes Legislativo e Judiciário, Jair Bolsonaro está rompendo com a ordem estabelecida na própria Constituição brasileira. Além disso, o presidente também está adotando uma postura autoritária e afrontando o princípio de separação dos Poderes, o que configura um crime de responsabilidade.

Ainda durante o pedido de Ciro Gomes de Carlos Lupi, é possível ler que a ida de Jair Bolsonaro às manifestações em questão representou uma contrariedade em relação ao discurso da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. Ambos defendem o isolamento social como forma de conter os avanços relativos à pandemia do novo coronavírus.

Assim, durante o texto de impeachment em questão, foi ressaltado que as atitudes do presidente da República possuem caráter mesquinho. Além disso, o texto ainda afirma que Jair Bolsonaro está interessado em proteger somente os interesses do capital ao falar contra o distanciamento social, medida que tem se mostrado efetiva no combate ao coronavírus.

Por fim, o pedido de Gomes e Lupi ainda afirma que a “fatura” relativa a Covid-19 não pode ser paga de forma alguma coma vidas humanas, de forma que os posicionamentos de Jair Bolsonaro seriam um verdadeiro desrespeito aos direitos da sociedade de uma forma geral.

Bolsonaro fala em fim da quarentena na próxima semana

Ainda na última segunda-feira (21), Jair Bolsonaro voltou a falar a respeito do fim da quarentena. Na ocasião, o presidente da República chegou a afirmar que ele esperava que o isolamento social chegasse ao seu fim ainda na próxima semana. Entretanto, a fala em questão foi contrariada por dois ministros: Nelson Teich, da Saúde, e Paulo Guedes, da Economia. Ambos destacaram que é necessário um planejamento em vários setores antes que a quarentena chegue ao fim.