Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Saúde ao final de tarde desta segunda-feira (20), 113 novas mortes por coronavírus foram registradas no país. Ao todo, segundo os dados, são 2.575 mortes pela covid-19, bem como 40.581 casos referentes à doença, que vem apresentando números expressivos com o passar dos dias.
Ainda de acordo com o relatório, a taxa de letalidade se encontra em 6,3%, e, vale destacar, que quanto menor o número de testagem da população, maior é a taxa de letalidade do coronavírus. O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou a compra de 24 milhões testes para coronavírus.
Outro detalhe faz referência ao número de leitos ocupados em quatro estados em especial. Isso porque no Amazonas, Pará, Pernambuco e Ceará cerca de 90% dos leitos de UTI já se encontram ocupados, podendo, a qualquer momento, o sistema de saúde entrar em colapso.
Rio Grande do Sul, São Paulo e Amapá também são observados de perto, uma vez que estes três estados já estão próximos do colapso do sistema, que pode ocorrer a qualquer momento.
Bolsonaro fala sobre mortes: 'não sou coveiro'
Durante a sabatina junto aos jornalistas no final da tarde dessa mesma segunda, Bolsonaro se dirigiu aos profissionais da comunicação para dar o parecer final do dia de enfrentamento ao coronavírus. Uma fala em especial do atual presidente da República, no entanto, reverberou.
Isso porque, quando um jornalista decidiu questionar o chefe do Executivo sobre as mortes causadas pelo coronavírus no país, Jair Bolsonaro foi enfático e objetivo. "Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá certo?", disparou o presidente, que logo mudou o teor da conversa.
Entretanto, o repórter tentou repetir a pergunta novamente, e, incisivo, Bolsonaro insistiu ao dizer que não trabalhava como coveiro, e, por isso, não responderia à pergunta do jornalista.
Dando continuidade às perguntas, Bolsonaro acabou recebendo uma enxurrada de questionamentos referentes às mortes divulgadas por coronavírus na tarde desta segunda.
'Vai morrer', disse Bolsonaro
Questionado mais uma vez sobre o número de mortes provocados por coronavírus no Brasil, Jair Bolsonaro foi novamente bastante incisivo em sua resposta, salientando que lamenta as mortes provocadas pela covid-19, mas destacou que é a vida.
"Vai morrer", resumiu o chefe do executivo.
Durante a conversa com os repórteres, Bolsonaro ainda fez questão de criticar a imprensa. Segundo o presidente, a mídia levou pavor à população, bem como a histeria a todos. Além disso, o chefe do executivo fez questão de dizer que 70% das pessoas serão infectadas por coronavírus no Brasil. "É uma verdade. Estão com medo da verdade?", finalizou o presidente.
Erro nos dados do coronavírus
Mais cedo, na tarde de segunda, o Ministério da Saúde havia informado mais de 300 mortes causadas por coronavírus no Brasil de domingo (19) para segunda-feira. Contudo, em nota, o Ministério se responsabilizou pelo erro, e destacou que aconteceu um equívoco de digitação.
De acordo com a nota, foram registrados 1.307 casos em São Paulo, quando, na realidade, seriam 1.037 casos no estado mais afetado pelo coronavírus no país.