No último final de semana, uma série de protestos contra a gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro, aconteceram em todo o Brasil. Devido aos fatos destacados, ao comentar a respeito das manifestações nas redes sociais, Bolsonaro chegou a reclamar de sua ocorrência e apontar para “forças nadas ocultas” que estariam articulando esses eventos.
Na ocasião citada, o presidente chegou a falar sobre a mídia e a afirmar que os veículos de comunicação estão tentando deslegitimá-lo e atrapalhar a sua capacidade de governar o país.
De acordo com informações veiculadas pelo site Metrópoles, ainda durante as suas postagens acerca das manifestações, Jair Bolsonaro tentou se eximir de responsabilidade no que se refere à forma como a crise econômica vem sendo conduzida no Brasil.
Tal crise foi gerada pela pandemia do novo coronavírus e, segundo Bolsonaro, a decisão do Supremo Tribunal Federal de delegar as decisões a respeito da pandemia a prefeitos e governadores tira das mãos dele a responsabilidade pelo que está acontecendo no país. Portanto, de acordo com o presidente, o controle dessa crise seria de responsabilidade das autoridades locais e não do Governo federal.
Também durante a sua sequência de mensagens no Twitter, rede social utilizada pelo presidente, Bolsonaro ainda chegou a falar a respeito do auxílio emergencial de R$ 600 destinado aos trabalhadores autônomos. Na ocasião, ele falou sobre o quanto esse benefício está custando ao governo, destacando que a medida tem como objetivo evitar o desemprego.
Ainda falando sobre o orçamento destinado ao auxílio, Bolsonaro destacou que, mensalmente, o benefício custa ao governo cerca de R$ 40 bilhões. O presidente ainda afirmou que outros valores altos estão sendo usados pela sua gestão para combater a Covid-19 no território nacional.
Manifestações são registradas em várias capitais
Ainda no último domingo (7), uma série de manifestações contrárias à gestão de Jair Bolsonaro foram realizadas em várias cidades brasileiras.
Além de Brasília, cidade na qual o protesto durou mais de duas horas, capitais como Rio de Janeiro, Goiânia, Teresina e São Paulo também tiveram protestos contra Bolsonaro. Além disso, Belém, a capital do Pará, pretendia se juntar ao grupo, mas teve o ato impedido pela Polícia Militar (PM).
Para além de protestar contra a atuação de Bolsonaro frente à crise gerada pelo novo coronavírus, tais manifestações também faziam referência ao movimento antifascista e contaram com a participação das torcidas organizadas de vários times de futebol. Outras pessoas, por sua vez, protestavam contra as mortes de crianças e adolescentes negros ocorridas nos últimos dias.