Na manhã dessa quarta-feira (10), a Polícia Federal deu início à Operação Bellum. O objetivo dessa operação é apurar supostas fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo Governo do estado do Pará. Tais respiradores são considerados cruciais para o combate ao novo coronavírus.
Segundo informações veiculadas pelo G1, a Operação Bellum foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a partir de um pedido feio pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Ao todo, foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão no Pará e em outros cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Cataria, Espírito Santo e Minas Gerais.
Também foi informado pelo G1 que as investigações serão conduzidas no Distrito Federal.
Segundo as informações veiculadas pela Polícia Federal, os respiradores custaram ao Pará cerca de R$ 50,4 milhões. Assim, os principais alvos da investigação e das buscas são o governador Helder Barbalho e Alberto Beltrame, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Outras onze pessoas também serão alvo dos mandados ainda nessa quarta-feira, inclusive servidores públicos e sócios da empresa responsável pela venda dos respiradores.
Outras pessoas investigadas pela Operação Bellum são Persifal de Jesus Pontes, chefe da Casa Civil do Pará, René de Oliveira e Sousa Júnior, responsável pela secretaria da Fazenda do estado, e Leonardo Maia Nascimento, assessor de gabinete de Helder Barbalho.
Além deles, também serão investigados alguns ocupantes de cargos de diretoria.
Helder Barbalho fala sobre as acusações
Helder Barbalho usou suas redes sociais para comentar a respeito do assunto e, de acordo com ele, devido ao fato de que ele conseguiu agir a tempo, o dinheiro foi devidamente devolvido aos cofres do Pará. Através de uma nota, o governo do estado chegou a afirmar que está apoiando a ação da Polícia Federal.
Mostra-se válido pontuar que o G1 chegou a entrar em contato com Alberto Beltrame, bem como com o Conass. O site citado também contactou as outras pessoas que foram alvo dos mandados de busca. Entretanto, até o momento em que a reportagem foi publicada, ainda não havia conseguido um retorno.
É possível afirmar que Helder Barbalho não é o primeiro governador a ser investigado por uma operação da Polícia Federal no que se refere a contratos ligados à pandemia. Ainda no mês de maio, Wilson Witzel, o governador do Rio de Janeiro, também foi alvo de buscas.