Na manhã desta terça-feira (23) foi iniciada uma operação comandada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) no bairro São Bernardo, na região norte de Belo Horizonte, na casa da madrinha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.
A busca visava encontrar a mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, que está sendo considerada pelas autoridades atualmente como foragida desde o começo da investigação do suposto esquema de "rachadinhas", do qual o ex-assessor é suspeito.
Operação deflagrada
Queiroz foi preso no início da manhã da última quinta-feira (18), na cidade de Atibaia, no interior do estado de São Paulo. No mesmo dia em que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso no local, também foi decretada a prisão de sua esposa, Márcia Oliveira de Aguiar. Ela não se apresentou à polícia e não foi encontrada pelas autoridades até o momento.
Os mandados que estão sendo cumpridos nesta terça-feira (23) são de busca e apreensão. Contudo, Márcia pode acabar sendo presa caso ela seja encontrada em meio à operação que acontece na cidade de Belo Horizonte, devido à ordem de prisão que foi expedida na última quinta-feira, data da prisão de seu marido. Não foram divulgados, porém, os números de mandados expedidos para a operação que está em desenvolvimento nesta terça-feira até o momento.
A casa que se tornou alvo da operação que esta sendo desenvolvida nesta terça-feira, na cidade de Belo Horizonte pertence à madrinha de Queiroz, dona Penha, que morreu neste mês. No local estão vivendo primas e a sobrinha do ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
A suspeita, por parte das autoridades, é que a esposa de Queiroz tenha ido para esta casa logo após ter sido expedido o mandado de prisão para ela na quinta-feira.
De acordo com o que foi divulgado, uma das primas do ex-assessor, Kássia, é muito próxima do casal.
Logo pela manhã desta terça-feira, os promotores do caso conversaram com os parentes de Queiroz no local onde acontecia a operação em busca da esposa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
O Ministério Público já havia identificado a vontade que Márcia tinha de se esconder caso a sua prisão fosse decretada pelas autoridades.
Isso ocorreu devido à mensagens que Márcia havia trocado com Queiroz, e que a Promotoria conseguiu acesso agora.
As mensagens em questão foram trocadas em novembro do ano passado pelos dois. Entretanto, no momento em que a conversa aconteceu entre o casal, Márcia apontou que gostaria de ir para São Paulo caso sua prisão fosse decretada pelas autoridades.