Fabrício Queiroz iniciou a prisão domiciliar nesta sexta-feira (10), no apartamento 508 de um prédio no edifício Guess, bairro Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro. Na porta de seu apartamento estava um par de chinelos e um tapete com a mensagem "Não trouxe cerveja?".
O policial militar aposentado passou três semanas no presídio Petrolino Werling de Oliveira, mais conhecido como Bangu 8. Transferido para prisão domiciliar na noite de sexta-feira (10), Queiroz será monitorado através de uma tornozeleira eletrônica.
Saída da prisão
Queiroz deixou a prisão em Bangu 8 que continha 6 metros quadrados, para prisão domiciliar em um apartamento de 83 metros quadrados com varanda gourmet, três quartos e de quebra uma suíte.
O imóvel é avaliado em R$ 480 mil.
Márcia Oliveira de Aguiar, atual esposa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, também teve prisão decretada, porém uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça beneficiou Márcia, permitindo que ela fique detida em sua própria casa.
O casal é investigado por suposto envolvimento no esquema das rachadinhas na Alerj quando trabalhavam no gabinete do ex-deputado Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A decisão do STJ foi baseada no estado de saúde de Queiroz, que enfrentou um câncer recentemente, assim a presença da esposa se torna essencial para a recuperação do ex-assessor.
Imóvel
De acordo com informações da UOL, o imóvel foi adquirido por Fabrício Queiroz ainda na planta.
O condomínio fica em uma das principais vias da região, porém é um lugar calmo, sem comércios, onde raramente se encontram pessoas caminhando pelas ruas.
Os primeiros moradores do condomínio, que chama atenção entre prédios envelhecidos, chegaram no ano de 2019. O conjunto de prédios conta com piscina, quadra esportiva, churrasqueiras e academia.
Mudança de Queiroz
A mudança de Fabrício Queiroz para o novo apartamento virou assunto nos grupos de WhatsApp do condomínio. A filha do ex-assessor Nathália Melo de Queiroz morou no imóvel pelos últimos meses.
De acordo com dos vizinhos, Queiroz só aparecia no condomínio nos fins de semana, e sempre agia naturalmente nas áreas de lazer.
Eles acreditavam que o ex-assessor trabalhasse com viagens.
No fim de fevereiro, o condomínio realizou uma festa de carnaval onde Fabrício, como era conhecido pelos moradores, foi visto pela última vez.
Sem fazer ideia de quem realmente era Fabrício Queiroz, os moradores acreditavam que ele estava viajando a trabalho.
Uma vizinha disse que Queiroz era visto por todos como uma pessoa simpática, e que ele gostava muito de ver o filho jogando bola na área esportiva do condomínio. Depois de um tempo fora ele voltou para casa, porém desta vez para ficar preso sendo monitorado pela polícia.
O ex-assessor estaria evitando o uso do elevador no condomínio.