O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou a manhã de domingo (25) para descontrair um pouco e deixou o Palácio do Alvorada para dar uma volta de moto pela capital. Estava em companhia de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, o Secretário de Governo, Eduardo Ramos, e, aproximadamente, 14 motociclistas que realizavam a segurança das autoridades.
Presidente Bolsonaro se irrita com pedido de popular
Em meio ao passeio, o presidente fez uma breve parada nas proximidades de uma Feira Permanente, localizada da cidade administrativa do Cruzeiro, para acenar e cumprimentar alguns apoiadores.
Na ocasião, Bolsonaro foi surpreendido por um popular que gritou em meio as pessoas, pedindo "por favor" que ele reduzisse o preço do arroz, pois segundo o cidadão, não está mais aguentando pagar tão caro pelo alimento.
No mesmo instante, Bolsonaro, visivelmente irritado, foi categórico e resolveu questionar o homem se ele queria a redução mediante uma "canetada?", ou se preferia que o alimento fosse tabelado? Pois se o consentimento fosse pela segunda opção, o popular deveria "comprar lá na Venezuela", esbravejou o mandatário.
Ressalta-se que o arroz é um dos itens que mais sofreu alta nas últimas semanas. Além de fazer parte da cesta básica, o alimento é indispensável na mesa dos brasileiros.
No último mês de setembro, Bolsonaro foi questionado por diversas vezes sobre a elevação de alguns itens relacionados à cesta básica, entre eles o arroz. No entanto, o presidente anunciou que o governo federal não intercederia junto ao mercado para baixar preço de alimentos.
Promessa de Bolsonaro sobre alta de preços da cesta básica
Logo após um órgão fiscalizador, vinculado ao Ministério da Justiça, notificar e solicitar esclarecimentos de empresas responsáveis pela produção e distribuição de gêneros alimentícios, sobre a alta dos preços de itens da cesta básica, Bolsonaro enfatizou que "de jeito nenhum" interferirá na comercialização/mercado.
Salientou ainda que não existe "canetaço" para solucionar impasses econômicos. No entanto, prometeu acompanhar de perto, ou seja, junto aos representantes de supermercados e comerciantes, o controle dos preços, além de sugerir "sacrifício e patriotismo" e lucro irrisório aos donos do setor alimentício.
Ainda naquela tarde, Bolsonaro se reuniu a portas fechadas com o representante dos supermercados, o então presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Sanzovo Neto, além dos Ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministra Tereza Cristina, para discutirem o assunto.