O prefeito reeleito de Passa Quatro, no sul de Minas Gerais, Antônio Claret Mota Esteves (PV), não tomará posse para seu segundo mandato. Isso porque ele acabou falecendo no último sábado (14), um dia antes da eleição municipal, na qual ele teve 60,8% dos votos válidos.
O político, de 62 anos, estava internado há duas semanas, após ter sofrido um infarto, e veio a falecer horas antes do início da votação.
No pleito deste domingo ele recebeu 5.638 votos, contra 3.302 votos de Beto Paiva, do DEM, que recebeu 35,61% dos votos válidos. A terceira colocação ficou com Dr.
Aledson (PSC), que teve 333 votos, ou 3,59% dos votos válidos.
Clarent, que tentava mais um mandato, foi, em 1986, eleito o prefeito mais novo da cidade, quando na época tinha apenas 28 anos.
Pedido de substituição
Ainda na noite de sábado, o Partido Verde havia feito um pedido para que a candidatura de Antônio Clarent fosse substituída. A intenção era colocar Henrique Nogueira Gonçalves como candidato a prefeito e Marco Torres como vice. No entanto, como as urnas já estavam lacradas para o pleito, marcado para o dia seguinte, a alteração não pode ser feita e o nome de Clarent ainda aparecia como candidato.
De acordo com o previsto na lei eleitoral, é permitida a troca de candidato por motivo de falecimento 20 dias antes da eleição.
O advogado da chapa disse que tido o trâmite para a troca de candidato foi feita de maneira correta. O pedido ainda será analisado pela Justiça Eleitoral.
Se a Justiça acatar o pedido da chapa, todos os votos destinados a Clarent serão repassados para Henrique Nogueira. No entanto, se o pedido for indeferido, os votos dados ao candidato do PV serão anulados.
Preso ao tentar trocar tomates por votos
Ainda no interior mineiro, mais precisamente na cidade de São Tomás de Aquino, o vereador Adriano dos Reis, o Goteira (MDB), foi preso neste domingo suspeito de tentar trocar tomates por votos em frente a um supermercado.
No carro do político, policiais militarem encontraram nove caixas de tomates, sendo cinco delas já vazias e outras quatro cheias.
Com ele também havia 11 santinhos de propaganda eleitoral e 141 reais em espécie. Ainda no sul de Minas, pelos menos outros três candidatos a vereador foram detidos por cometerem crimes eleitorais. Em Campo Belo, um candidato foi detido após pedir votos próximo a um colégio. Ele negou a infração, foi liberado, mas o boletim de ocorrência foi encaminhado para a Justiça Eleitoral.
Em Monte Sião, uma candidata a vereadora foi detida também por abordar eleitores. O outro caso aconteceu em Senador Amaral, quando um candidato foi conduzido e assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência.