Nesta segunda-feira (15), o BNP Paribas, maior banco da França, afirmou que irá parar de financiar empresas que têm ligação direta ou indireta na compra de gado ou soja produzidos em regiões da Amazônia desmatadas ou que foram convertidas após 2008.

As políticas ambientais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm sido criticadas, acusadas de demonstrarem pouco interesse na conservação da Amazônia. Os alertas de incêndios e desmatamento ilegal têm crescido desde que Bolsonaro assumiu a cadeira a presidência, elevando as críticas sobre seu Governo em todo o planeta.

O mercado comercial mantido entre o Brasil e a China tem contribuído para que a floresta amazônica sofra ainda mais com o desmatamento acelerado. Devido ao seu massivo crescimento populacional, a China tem elevado a demanda por carne bovina e soja. Nesse sentido, para suprir a demanda, a cada dia, mais e mais áreas são desmatadas para a criação bovina e o cultivo da soja. Atualmente, esses produtos passaram a ser vistos como catalisadores do desmatamento da floresta.

O desmatamento da floresta que abrange nove países prossegue aceleradamente e, segundo alguns cientistas, ruma para uma espiral mortal. De acordo com dados da entidade Amazon Conservation, uma área do tamanho de Israel foi derrubada na floresta tropical amazônica no ano passado.

BNP Paribas incentiva instituições na luta contra desmatamento

O BNP Paribas percebeu a gravidade da situação e aderiu à causa, após pressão dos ativistas ambientais. Segundo nota do BNP, sua ação agora é incentivar para que os clientes não comprem ou produzam soja ou carne bovina oriundas do Cerrado, financiando apenas as empresas que adotarem estratégias de desmatamento zero até o final de 2025.

No entanto, fornecer mais cinco anos para comprovação de desmatamento zero acarretou em sérias críticas ao banco.

Segundo Klervi Le Guenic, do Canopée, o BNP Paribas ainda está dando mais cinco anos para que os negociantes consigam derrubar ainda mais florestas sem que sofram as devidas punições.

ONGs que defendem a Amazônia pressionam instituições financeiras

Quatro ONGs ambientalistas se uniram para informar que metade de todo o Cerrado foi derrubado passando a ser um dos ecossistemas mais ameaçados do globo terrestre. Os bancos como o BNP Paribas tomaram a decisão de bloquear empréstimos para empresas devido à forte pressão que ativistas ambientais que visam proteger a floresta amazônica.