O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao litoral de Santa Catarina no sábado (13), e sua visita ao estado foi marcada por aglomerações e cobranças pela população. A demanda popular foi para saber sobre uma nova etapa do auxílio emergencial.

Bolsonaro visitou o estado da região Sul do país para participar de reuniões políticas e também para aproveitar o período de Carnaval para descansar. Jair Bolsonaro deve permanecer no estado até a próxima terça-feira (16).

O líder do Executivo desembarcou em São Francisco do Sul. Ao chegar à cidade, o ocupante do Palácio da Alvorada fez paradas para cumprimentar seus apoiadores, que fizeram aglomerações para tirar fotos e conversar com o chefe de Estado.

Como de costume, Bolsonaro não estava usando máscara e ainda deu a mão para as pessoas, tirou fotos e pegou crianças no colo. Na multidão também havia pessoas que não estavam usando máscara.

De acordo com o Governo do estado, Santa Catarina perdeu mais de seis mil e seiscentas pessoas para o coronavírus até a última sexta-feira (12). A região visitada por Bolsonaro foi classificada pelo último boletim da Secretaria de Saúde de Santa Catarina como de “risco potencial gravíssimo“, pois a região registra uma elevada ocorrência de óbitos e os índices indicam uma expansão da pandemia.

Quando cumprimentou apoiadores, o presidente foi perguntado sobre o auxílio emergencial. Novamente Jair Bolsonaro colocou a culpa em governadores pelo fechamento do comércio e pela ajuda assistencial.

Pouco depois de ser eleito, no ano de 2018, Bolsonaro rompeu relações políticas com o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL). Moisés perdeu apoio dos políticos apoiadores de Bolsonaro em Santa Catarina quando adotou o isolamento social.

Quando uma mulher perguntou a Bolsonaro sobre o auxílio emergencial, ele perguntou: "Quem foi que tirou teu emprego?

Tá gravando? Pode gravar. Você quer o auxílio? Pede para o governador. Quem fechou tudo, fui eu ou foi o governador? Quem fechou o comércio, fui eu ou o governador? Eu tô te perguntando: quem foi que tirou teu emprego?".

Auxílio emergencial

O avanço da Covid-19 e a ausência de um plano de vacinação mais eficaz têm feito pressão sobre o governo federal para que o auxílio emergencial retorne, a previsão é que o benefício volte a ser pago em março.

Para que isto possa acontecer, o Planalto negocia com o Congresso Nacional a aprovação de uma agenda fiscal que reduza os gastos. Nos últimos dias, Bolsonaro colocou a condição da volta do auxílio emergencial à abertura completa do comércio.

A maioria das pessoas presentes na aglomeração promovida por Jair Bolsonaro manifestou apoio ao presidente, porém havia no meio da multidão uma mulher que xingou o líder do Executivo, o que gerou a revolta na maioria dos presentes. Não foi divulgada pela Presidência da República uma agenda oficial na localidade.