Vendo a situação do Brasil diante da pandemia, em entrevista a CNN americana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, nesta quarta-feira (17), que o presidente norte-americano, Joe Biden, faça uma doação do estoque excedente de vacinas contra o coronavírus aos brasileiros.

Diz Lula que sabe muito bem que há nos Estados Unidos vacinas que não serão usadas. Segundo ele, o governo americano podia doar esse estoque para o Brasil e países mais pobres que não podem comprar as vacinas. O petista sugere ainda a Biden que faça uma reunião do G-20 para colocar na mesa o tema das vacinas.

Lula disse na entrevista que está fazendo o pedido ao presidente americano porque não confia no governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo ele, também não poderia ter pedido isso para o ex-presidente americano Donald Trump, mas que Biden é um “sopro de democracia” para o mundo.

Lula candidato

Na mesma entrevista, Lula disse que não vai negar a candidatura caso receba o convite para concorrer ao pleito de 2022. Ele disse que, se for o escolhido e se estiver com boa saúde, será candidato à presidência. Entretanto, Lula fez uma ponderação e disse que sua prioridade nesse momento é salvar o país do coronavírus.

Na última segunda-feira (15), o ministro do STF Edson Fachin pediu para colocarem na pauta do plenário do Supremo recursos da defesa do ex-presidente Lula e também recursos da Procuradoria-Geral da União (PRG), que tentam reverter a decisão que anulou todas as condenações do petista.

Lula elegível

No último dia 8 de março, o ministro Edson Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente na Justiça Federal do Paraná, feitas no âmbito da Lava Jato. Com essa decisão, Lula recupera os seus direitos políticos e pode ser candidato nas próximas eleições.

Em sua decisão, Fachin disse que a vara federal de Curitiba não tinha competência legal para fazer o julgamento do petista no caso do tríplex de Guarujá e do sitio de Atibaia. Também estão incluídos na decisão os dois processos relacionados ao Instituto Lula, que não envolvem apenas os supostos desvios que aconteceram na Petrobras, mas em outros órgãos públicos.