Nesta quinta-feira (29), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou mais uma live transmitida nas redes sociais.

Economia

O presidente falou sobre o momento econômico e pontou os números positivos do mercado de trabalho.

"Agora em março, o Brasil criou mais 184 mil vagas de trabalho. Janeiro e fevereiro chegou, se não me engano à casa de quinhentas mil novas carteiras de trabalho. Tudo vem das políticas que o Governo adota. Nós procuramos cada vez mais não interferir, não atrapalhar quem queria produzir. Olhe lá atrás, a Lei da Liberdade Econômica, essa e tantas outras.

Olhe os projetos que nós fizemos de auxílio à manutenção de emprego, o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte] e o Bem [Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda]", enumerou.

Bolsonaro culpou governadores e prefeitos pela crise econômica, ao falar sobre os benefícios concedidos pelo governo federal para conter a perda de renda da população com a pandemia do coronavírus.

"Isso tudo, porque dada as políticas do 'feche tudo', 'fique em casa', 'isolamento', isso aí causou desemprego no Brasil, em especial junto aos informais. E aquele cara que não tinha carteira de trabalho, mas sobrevivia, esses perderam quase tudo. Tem uma massa muito grande de pessoas que estão sobrevivendo ainda ou de favor, ou pela graça de Deus, ou então de auxílios que existem por aí, como nós aqui mais uma vez prorrogamos por mais quatro meses o auxílio emergencial.

Muita gente reclama, mas a média do auxílio emergencial é R$ 250. Sabe qual a média do Bolsa Família hoje em dia R$ 192. Então, quem está reclamando é porque não tinha o Bolsa Família. Melhorou? Melhorou. É pouco? Eu sei que é pouco", ponderou.

Pré-campanha

No final da live, o presidente começou a fazer uma espécie de campanha eleitoral, apostando na polarização e no fantasma do socialismo sempre difundido pelos bolsonaristas.

"Não pergunte o que eu posso fazer pelo Brasil, pergunte o que você pode fazer pelo Brasil. Nós podemos mudar o Brasil. E você, tente convencer o teu vizinho, teu amigo, teu colega da escola, a mostra a realidade para ele. Quando eu falo em socialismo. Alguém conhece algum empresário socialista? Se o socialismo é tão bom assim, porque não existe empresário socialista.

Fale em dividir renda, o teu colega que fala em dividir renda, pergunta para ele, você tem dois carros? Tem duas casas? Porque não dá para outro colega ali que tá morando embaixo da ponte. Comece a questionar. Para a gente mudar isso aqui. Se a gente enveredar para esse regime aí nefasto como entrou a Venezuela, como lamentavelmente outro país mais ao sul, a gente não tem como sonhar com dias melhores", falou.

Fazendo uma alusão à possível candidatura de Lula (PT) em 2022, Bolsonaro fez uma analogia com o seu ministério. "Quem vai ser ministro da Ciência e Tecnologia dele [Lula]? O Marcos Pontes é um cara excepcional. Eu tenho certeza que o ministro da Ciência e Tecnologia desse outro candidato não vai saber a diferença de gravidade para gravidez", ironizou.