O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, conversou com a imprensa nesta quarta-feira (21). Obviamente, na pauta, a política de enfrentamento do Governo de Jair Bolsonaro (sem partido) à pandemia de coronavírus.

Cenário da pandemia

O ministro iniciou sua fala fazendo um comentário a respeito da Covid-19 no país. "População brasileira que se encontra muito fragilizada por uma doença que já nos assola há cerca de um ano, e que no último período temos tidos muitas perdas em função de uma variante desse vírus que é mais contagiosa e possivelmente mais letal", alertou.

Mesmo em um cenário onde o número de mortes diárias passa de três mil e o Brasil se aproxima de quatrocentas mil mortes por causa do coronavírus, o ministro afirma que a situação está melhorando. "Felizmente nós já assistimos uma estabilização, embora com número ainda elevado de óbitos e uma tendência de queda desses óbitos, que se reflete em redução de internações hospitalares já em alguns estados da federação. O que de certa maneira alivia a pressão sobre o nosso sistema de saúde".

O ministro comentou a situação da falta dos kits para intubação. "Essa situação tem causado problemas, sobretudo em função da demanda maior de insumos e, como vocês têm noticiado, um dos problemas é o chamado 'kit de Intubação' orotraqueal, composto por sedativos e bloqueadores neuromusculares.

Mais uma vez dizer que a responsabilidade de aquisição desses kits é compartilhada entre a União e os entes subnacionais, que são estados e municípios", explicou.

Vacinas

Segundo Marcelo Queiroga, os imunizantes disponíveis no mercado estão se mostrando seguros, incluindo a Coronavac, que chegou a ser criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.

A vacina, primeiramente produzida na China, foi alvo de uma enxurrada de fake news de apoiadores do governo. "As vacinas foram aprovadas, algumas em caráter emergencial, outras com registro definitivo, são estudos de fase três e depois que entra na fase de emprego, vem uma fase onde se verifica a efetividade. Por exemplo, se há problemas com a segurança.

Ocorreu notificação de trombose com a vacina da AstraZeneca, e isso foi imediatamente avaliado pelas instâncias científicas e a posição é de tranquilidade. Aconteceram alguns questionamentos acerca da efetividade da vacina Coronavac. Nós acompanhamos e podemos dizer que é uma vacina que tem efetividade, e publicações nacionais mostram que ela tem efetividade contra essa variante T1", afirmou.