Bruno Bianco é nome forte no Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Ele, que é secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, participou nesta quinta-feira (29) do programa "Pânico", da rádio Jovem Pan.

Auxílio emergencial

O secretário destacou a volta do auxílio emergencial nesse momento difícil de enfrentamento ao coronavírus e escassez do trabalho e emprego. "O quê que a gente tem feito aqui, a gente sempre brinca que não pode mexer em time que está ganhando. Então, nós estamos relançando as medidas que lançamos no ano passado pelo advento da pandemia.

O quê que a gente fez aqui, logo no início da pandemia, nós lançamos o auxílio emergencial para proteger o trabalhador informal. Não sabíamos as consequências da pandemia, mas sabíamos que obviamente o cara que trabalha na rua, que vende pipoca, que está no semáforo, ou trabalhador informal que entrega uma marmita, enfim, esses caras sofreriam com a pandemia, e lançamos o auxílio emergencial, que foi um sucesso", disse.

Volta do BEM

De acordo com o governo, o BEM (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda) funcionou por oito meses em 2020 e preservou dez milhões de empregos. O programa se baseia no acordo entre funcionário e patrão onde toda, ou parte da remuneração, é subsidiada pelo governo.

Bianco elogia também essa medida que será retomada nas próximas semanas. "O trabalhador formal pode ser demitido e, se for demitido, alguns terão direito ao seguro-desemprego e outros não. Mas o problema é que quando se demite alguém no Brasil, diferentemente de outros países, é muito difícil para o cara retornar ao mercado de trabalho.

Então, nós temos que evitar a demissão. Como se evita a demissão? Nós estamos dando aos empresários, eu brinco que é uma caixa de ferramentas que todos podem usar, pequenos, médios e grandes, e eles usam a redução de jornada ou suspensão de contrato de trabalho, o contrato individual entre empregado e empregador, e o cara não é demitido.

O que que acontece? O governo paga para ele, antecipa o que ele receberia para título de seguro-desemprego (...) Na prática o Brasil está mostrando a resiliência de seu mercado de trabalho e as medidas do governo estão surtindo efeito", opinou.

Para o secretário do Ministério da Economia, não existe risco de faltar dinheiro para as despesas correntes do governo por causa do auxílio às pessoas que estão recebendo ajuda financeira do estado. "Eu acho que não há esse risco, mas obviamente vai precisar de uma administração e nós estamos trabalhando nisso. Nós vamos administrar o Orçamento da maneira correta, obviamente, para que todos sejam atendidos (...) Nós vamos cumprir com nossas obrigações. É mostrar que o Brasil está tirando dinheiro do rico e dando para o pobre e reduzindo desigualdade social", afirmou.