O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou mais uma live nas suas redes sociais nesta quinta-feira (13).
Cloroquina e tratamento precoce
Na live, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina contra o coronavírus. O remédio é tido para os especialistas como ineficaz para tratamento da doença. Atualmente, o Brasil já se aproxima das 430 mil mortes em virtude da Covid-19.
"Não vou falar o nome do medicamento aqui para não ... ele serve para malária, lúpus e artrite [fazendo alusão à cloroquina]. Eu tomei lá atrás [quando fui infectado ano passado] e me dei bem.
Mais um milhão de pessoas no mínimo tomaram também. Conselho Federal de Medicina não mudará posicionamento sobre isso aqui", disse.
O presidente sugeriu a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para esclarecer questões relacionadas ao chamado "tratamento precoce" contra a Covid-19 -- também classificado como sem eficácia comprovada pela grande maioria da classe médica no combate ao coronavírus e que o presidente também defende.
"Inclusive fiz uma proposta, hoje, para [deputada] Carla Zambelli, se não me engano. Eu mandei uma mensagem para ela sugerindo uma CPI na Câmara para gente investigar o tratamento imediato. Se falar outro nome aqui pode cair a live. Pessoal sabe que eu tô falando aqui [se referindo ao tratamento precoce]", pediu.
O presidente reafirmou a confiança na cloroquina para tratamento da Covid-19. "Se eu tiver problema de novo, for reinfectado, eu vou tomar de novo. Tá certo!? Assim como disse a semana passada, o meu remédio para problema de estômago é Coca-Cola, problema meu, pô! Pior que eu não tô ganhando nada com isso e eu tô fazendo marketing pra Coca-Cola", disse.
Questão ambiental
Bolsonaro fez comentários a respeito das questões ambientais relacionadas ao Brasil, que em seu governo foram alvo de críticas. O presidente se defendeu, afirmando que essas críticas têm por trás uma disputa econômica.
"Tivemos hoje com o presidente da Câmara, o nosso querido Arthur Lira, e ele falou que está na iminência de botar em votação projeto de lei que trata da regulação fundiária e trata do código ambiental.
Isso é muito bem-vindo para o Brasil. O Brasil é o país que mais preserva no mundo e somos atacados exatamente porque há uma guerra em cima das commodities. Números aproximados, a China é responsável por 30% dos gases do efeito estufa, Estados Unidos 15%, Índia e Europa 7%, o Brasil 3%, metade de queimada (...) só quem tem vegetação que pega fogo, quem já destruiu tudo não pega fogo. Então tem certos países da Europa que nos criticam o tempo todo, mas é uma guerra comercial", pontuou.