Após agenda em Alagoas, nesta quinta-feira (13), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou mais uma live em suas redes sociais no fechamento do dia. O tradicional bate-papo com os internautas acontece sempre neste dia da semana.

CPI da Covid

O presidente começou a live falando da CPI da Covid no Senado Federal, onde os membros da casa discutem eventuais omissões ou crimes cometidos por Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus no Brasil. Hoje, os senadores ouviram o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo.

As perguntas dos senadores tiveram como ponto buscar esclarecimentos sobre a oferta de vacinas ao Brasil no segundo semestre de 2020. De acordo com o profissional da Pfizer, o país, através de seu Governo federal, não demonstrou interesse em fechar contrato com a empresa naquela ocasião. De acordo com Bolsonaro, a sabatina de Murillo acabou com a narrativa de quem o critica por não ter adquirido as vacinas com maior rapidez.

"Hoje, a CPI do Renan [ironia com Renan Calheiros, relator da comissão] recebeu o diretor presidente da Pfizer América Latina, senhor Carlo Murillo, e acabou a palhaçada, acabou a narrativa sobre compra ou não da vacina da Pfizer ano passado. Ele falou que a proposta, essa que o pessoal fala tanto que 'não comprou', etc, a proposta lá atrás, era nove milhões de vacinas no primeiro semestre desse ano e 61 milhões no segundo semestre.

Tá ok? Total 70 milhões de doses", afirmou.

Mesmo com o atraso na compra da vacina da Pfizer, o presidente acredita que o contrato firmado agora é mais vantajoso. "E fechamos o contrato, há pouco com a Pfizer, em vez de no total de 70 milhões, fechamos no total de 100 milhões. Em vez de nove milhões no primeiro semestre, estamos comprando 14 milhões.

E no segundo semestre, ao invés de comprarmos lá atrás 61 milhões, estamos comprando 86 milhões. Precisa falar mais alguma coisa? Ou vão continuar ainda perturbando? Graças ao trabalho de quem, do Ministério da Saúde", citou.

Elogio a Pazuello

Bolsonaro ainda fez elogios a Eduardo Pazuello, que deixou a liderança do Ministério da Saúde para que Marcelo Queiroga assumisse.

"Começou com quem [processo de compra das vacinas], com o Pazuello. Então, essa é a verdade e acabou a narrativa. Acabou aquela conversa mole", disparou.

O presidente reafirmou ser inviável ter adquirido as vacinas ainda em 2020. "Não tínhamos garantia jurídica, tinha que passar pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] que é uma irresponsabilidade minha, seria da Anvisa também, mas a Anvisa jamais cometeria um erro desse também, simplesmente aceitar a importação de uma vacina que tava em teste ainda", justificou-se.

Bolsonaro seguiu se justificando. "Primeira pessoa a ser vacinada no mundo foi em dezembro do ano passado. Não tinha como em novembro o Brasil estar vacinando quem quer que seja com a Pfizer. Acabou a narrativa, não podíamos assinar o contrato o ano passado, contrato que tinha muita incerteza jurídica, além da incerteza sanitária, que a Anvisa tinha que dar o aval", disse.