O empresário e youtuber Felipe Neto anunciou em seu perfil no Twitter na útlima sexta-feira (14) que os processos em que estava sendo alvo por causa de suas reiteradas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram negadas pelo Ministério Público (MP). O influenciador digital também revelou que a Promotoria acatou suas denúncias que estão relacionadas com o hate que recebe por causa de suas opiniões políticas.
Lado certo
Neto, em sua publicação na rede social do pássaro azul, afirmou que todas as acusações de cometimento de crime que foram abertas contra ele no governo Bolsonaro foram rechaçadas pelo MP. Por outro lado, todas as ações criminais que ele fez contra aqueles que cometeram crimes contra ele, um total de 15, foram acatadas pelo órgão. “É bom saber que estou do lado certo”, comemorou o digital influencer.
A juíza Gisele Guida Faria, da 38ª Vara Criminal, decidiu que Felipe Neto fez uma “crítica ao Presidente da República”, que não tinha por objetivo colocar em risco o Estado ou ainda as instituições estatais.
No texto da magistrada ainda está registrado que, como a investigação não foi realizada a pedido do Ministério da Justiça, não cabe inquérito por crime contra a honra de Bolsonaro, decidiu a juíza.
Neto já havia comentado a decisão da juíza na quarta-feira (12) quando enviou uma nota ao site G1. Ele afirmou que a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) restabelece, mesmo que após imenso desgaste, “a verdade e a justiça”. DIz ainda que desde o começo estava claro que intenção era o intimidar e fazer com que ele se calasse. O youtuber ainda classificou como absurda a situação pela qual o Brasil está passando. Ele acrescentou que felizmente o Poder Judiciário está agindo contra a perseguição que muitas pessoas estão passando, declarou Felipe Neto.
Genocida
Felipe Neto é uma das vozes mais importantes no debate público contra o ocupante do Palácio da Alvorada. Neto chegou a ser investigado depois que o filho do presidente Bolsonaro, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), registrou contra o youtuber um boletim de ocorrência. No documento, o filho 02 de Jair Messias Bolsonaro alegou que Felipe teria praticado o crime de calúnia ao classificar Bolsonaro como “genocida”.
Na ocasião, o youtuber recebeu uma intimação da Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor. Pelo Twitter, Felipe Neto se defendeu que sua utilização do termo que tanto desagrada o presidente da República e seus apoiadores, se dá pela nítida falta de uma política de saúde pública em meio à pandemia, o que nas palavras de Neto, contribui de maneira direta para a morte de milhares de brasileiros.
“Uma crítica política não pode ser silenciada jamais!”, afirmou o youtuber à época. O inquérito que foi aberto a pedido de Carlos Bolsonaro foi encerrado no mês de março, a investigação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, baseada na Lei de Segurança Nacional.