Sábado, 1º de maio, foi o dia de diversos políticos, tanto do espectro da direita, quanto da esquerda brasileira, se manifestarem no Dia do Trabalhador. Um dos nomes importantes a se pronunciar foi o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mensagem de Lula e críticas a Bolsonaro
O ex-presidente iniciou sua mensagem disparando contra o Governo do presidente Jair Bolsonaro. "Este é um 1º de maio triste para os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país. Um dia de luto pelas 400 mil vidas perdidas por conta do covid-19. Muitas delas, porque o governo Bolsonaro se recusou a comprar as vacinas que lhe foram oferecidas.
Pelos 14 milhões de desempregados vítimas de uma política econômica que enriquece os milionários e empobrece os trabalhadores e a classe média. Pelos dezenove milhões de brasileiros que estão hoje passando fome abandonados a própria sorte por este desgoverno", criticou.
O petista seguiu disparando contra o atual governo federal. "O que mais desejo, de coração, é que este dia dos trabalhadores e da trabalhadoras seja também um dia da esperança. Sabemos o tamanho do nosso desafio. Nosso país está sendo devastado pelo governo do ódio e da incompetência, mas sabemos também a nossa força. Em um passado muito recente fomos capazes de construir juntos um novo Brasil. Que o atual governo se esforça todos os dias para destruir", disse.
Lula pede que a população mantenha o otimismo. "O Brasil, o povo, as trabalhadoras e os trabalhadores, as crianças, os jovens e os aposentados, não deveriam estar passando por tanto sofrimento. Minha indignação diante de tanta injustiça é muito grande. Mas ainda maior que a indignação é a minha confiança no povo brasileiro.
Ele é maior do que essa gente que está destruindo o nosso país. O Brasil, vai dar a volta por cima. Não podemos perder a esperança, porque a primeira coisa que nossos inimigos tentam matar em nós é a esperança e um povo sem esperança está condenado a aceitar migalhas. A ser tratado como gado a caminho do matadouro com se não tivesse outro jeito", falou.
Lula de volta ao jogo político
No início de março, o ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as condenações do petista referentes a Operação Lava Jato. Na decisão, o ministro julgou que a justiça paranaense não tinha competência para o caso do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e ações referentes ao Instituto Lula. Essa notícia causou reviravolta no cenário político.
Com direitos políticos retomados, o ex-presidente é nome forte para a eleição de 2022. Ele surge como maior opositor ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os dois sempre encabeçam qualquer pesquisa de intenção de votos.