Guilherme Boulos (PSOL) tem se tornado político ativo na esquerda brasileira, após ganhar notoriedade ao chegar no segundo turno da eleição para a prefeitura de São Paulo, em 2020, quando foi derrotado por Bruno Covas (PSDB). Em 2018, Boulos também concorreu nas Eleições, desta vez, para presidente da República. Agora, o ativista é opositor ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Desemprego e Bolsolão

O membro do PSOL postou vídeo nas suas redes sociais nesse domingo (23), quando voltou a criticar o presidente. "Aqui no Brasil, a gente tem a pior gestão do mundo da pandemia, com 450 mil mortos.

Resultado de uma política deliberada de genocídio conduzida pelo Governo Bolsonaro. Eles que desprezaram as vidas dizendo que iam salvar a economia, não fizeram nem um, nem outro. Nós estamos com 14 milhões de desempregados na crise econômica com recuperação mais lenta da história. O pior nível de investimento público dos últimos cinquenta anos. E o Brasil nesse ano voltou para o mapa da fome, 19 milhões de pessoas passando fome em todo o país. Essa é a realidade, um cenário de descaso. Um cenário de um país abandonado, de terra arrasada", disparou.

Boulos ainda citou o caso do suposto orçamento secreto que foi destinado a deputados. "[Bolsonaro] comprando o centrão no novo escândalo do Bolsolão.

R$ 3 bilhões que podiam ter sido destinados ao SUS [Sistema Único de Saúde], foram para comprar trator superfaturado para pagar a 'fatura' do Congresso Nacional", acusou.

Pandemia e manifestação

A conduta na condução do enfrentamento a pandemia do coronavírus também é alvo de ressalvas. "Vacinação segue a conta-gota, sem nenhuma previsão de quando a gente vai sair desse pesadelo.

Alguém acha que isso vai acabar sozinho? Se a gente esperar, daqui a pouco vem a terceira onda, a quarta onda, a quinta onda. Não tem perspectiva de saída da pandemia com Bolsonaro no governo. Com essa turma genocida conduzindo a política sanitária e social no nosso país. Com Bolsonaro no governo não tem luz no fim do túnel para saída da pandemia", disse.

Nesse cenário de crise econômica e pandemia descontrolada, Boulos apoia manifestações contra o presidente, que estão programadas para o próximo sábado, dia 29. "Por isso, a Frente Povo Sem Medo, a Frente Brasil Popular e um conjunto de movimentos sociais do país decidiu convocar mobilizações no próximo dia 29 de maio, para tirar Bolsonaro do governo. Todo mundo sabe que o momento é delicado, que a gente ainda tá no contexto sério da pandemia. Mas, infelizmente, nós não temos outra alternativa", afirmou.

Boulos pediu que nas manifestações as pessoas usem máscaras e mantenham o distanciamento.