Depois de cumprir agenda no Rio Grande do Norte, nessa quinta-feira (24), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), participou de mais uma live nas redes sociais. Tradicionalmente, às quintas-feiras o presidente conversa com os internautas sobre assuntos relacionados ao seu governo e à política em geral.

Coronavírus

O presidente comentou a respeito da pandemia de coronavírus, que já matou mais de 500 mil brasileiros. Ele voltou a defender a ivermectina, remédio sem comprovação científica contra a Covid-19.

"Universidade de Oxford vai aprofundar o estudo com aquele remédio que mata piolho, mata verme, eu não posso falar o nome aqui porque pode ‘cair’a live.

Parabéns aqui, vamos entrar em contato com a Universidade de Oxford se a gente pode acompanhar esse estudo lá", disse.

Bolsonaro também defende autonomia dos médicos para tratamento da covid-19.

"Já que aqui no Brasil é uma complicação enorme, eu não sei porque certas pessoas são contra o tratamento imediato. Eles adotam ainda, alguns médicos, prefeitos também, alguns governadores também, o tratamento que pegou a Covid e vai para casa. Se estiver morrendo sufocado, com falta de ar, você vai para o hospital. Porque que não vai para o hospital logo no começo? E deixar bem claro essa questão aqui. O Conselho Federal de Medicina, na pessoa do seu Mauro Brito, presidente, ele não fala nada do tratamento imediato.

Ele dá liberdade ao médico para trabalhar o seu paciente. Se você for no médico e achar que o tratamento não está bom, você pode mudar de médico? Pode né! Nós temos o Outubro Rosa, Novembro Azul, onde visa o tratamento precoce do câncer de seio ou da próstata, quanto mais cedo você começar a se tratar é melhor.", orientou.

Bolsonaro voltou a citar a ivermectina e ainda a cloroquina.

"E outra coisa pessoal, esse remédio para matar piolho [ivermectina] ou outro para combater a malária [cloroquina] não tem contraindicação. Você procura um médico sem problema nenhum, mas não tem contraindicação. E olha o que está acontecendo, eu tenho que falar poxa, afinal de contas não posso me omitir", esbravejou.

Críticas a vacina

O presidente fez duras críticas à vacina Coronavac, sem, no entanto, apresentar nenhum dado que embasasse sua fala.

"Vocês tão vendo aí, que essa vacina Coronavac está com problemas em alguns países do mundo, como, por exemplo, o Chile, entre outros. No Brasil não está sendo diferente. A gente vê notícias de asilos, por exemplo, que tem dezenas de idosos que tomaram as duas doses e depois de algum tempo as pessoas são infectadas e entram em óbito. Então, se você tomou a vacina Coronavac e porventura venha a ser infectado, procure um médico, quem sabe você pode iniciar um tratamento imediato também. Botaram na cabeça dessas pessoas que se ela tomar a vacina, se for acometida do vírus, as consequências não vão ser muito sentidas, vão ser brandas. E tem gente morrendo por causa disso", acusou.