O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), promoveu mais uma live em suas redes sociais na noite dessa quinta-feira (17). Tradicionalmente, neste dia da semana ele comenta assuntos do cotidiano político nacional e também de realizações do Governo federal.

Morte de policiais no RJ

Bolsonaro começou seu bate-papo com os internautas lamentando a morte de policiais do Rio de Janeiro.

"Acabei de chegar do Rio de Janeiro, quase que a live foi cancelada no dia de hoje, porque mais um fato lamentável no Rio de Janeiro. Foram executados, nessa madrugada, dois policiais militares da Baixada Fluminense.

Eu ia ao sepultamento deles, mas com essa questão de mau tempo complicou o pouso do helicóptero, bem como se caso pousasse, poderia não poder decolar também, talvez eu pudesse retornar só amanhã. A gente lamenta o ocorrido, apresenta nossas condolências aos familiares e amigos, pessoal do batalhão desses soldados", disse.

Não é de hoje que o presidente defende que as polícias tenham ampliado o direito de usar a força em ações do dia a dia.

"Temos um projeto na Câmara [dos Deputados] que fala do excludente de licitude, o quê que é isso? O policial militar, após cumprir sua missão, ou policial civil, ou federal, ou PRF [Polícia Rodoviária Federal], ou das Forças Armadas, o militar cidadão vai para casa descansar sem se preocupar com a visita do oficial de justiça, porque quem dá arma para essas pessoas trabalharem somos nós, eu presidente da República, governadores, e também porque não dizer prefeitos no caso de guarda municipal.

No caso, uma lei federal que concede o porte de arma para eles [policiais]. Eles não podem cumprir uma missão e ficar preocupados com oficial de justiça. Isso muitas vezes leva o militar ou o policial civil a raciocinar uma fração de segundo a mais, atiro ou não atiro, e acaba essa pessoa morrendo", exemplificou.

Coronavírus

O presidente voltou a criticar o fechamento de comércio como medida para conter a disseminação da Covid-19.

"Pandemia aqui, o pessoal está meio de saco cheio de falar de pandemia, mas infelizmente está aí. Mata gente, a gente lamenta qualquer morte no Brasil. E tá aqui, é do Clarín, jornal argentino, dizendo que a Argentina passou para o último lugar no ranking internacional sobre manejo, sobre o trato da pandemia.

E a Argentina é o país, com toda certeza, que mais fechou, que mais lockdown patrocinou em seu território. Então, esse tratamento não está dando certo. Não deu certo na Argentina, não deu certo aqui também", reclamou

Bolsonaro também opinou a respeito da obrigatoriedade de se vacinar contra o coronavírus. Ele disse que isso deve ser uma escolha de cada um.

"A liberdade está acima de tudo, quando eu não quero uma coisa, eu não fico obrigando a outros também não querer aquilo. Devemos ter liberdade. Isso faz parte da democracia", defendeu.