O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) foi entrevistado pelo historiador e comentarista político Marco Antonio Villa. A conversa foi publicada no canal de Villa no YouTube, na manhã desta sexta-feira (18).

Troca de partido

O deputado tem suas bases no Rio de Janeiro. No mês passado, ele deixou o PSOL e anunciou sua ida para o PSB. Freixo tem intenção de concorrer nas Eleições de 2022 ao Governo do estado do Rio de Janeiro. "O PSB é um partido que está reconstruindo o caminho de um partido de centro-esquerda capaz de formar essa frente. Capaz de dialogar no Brasil inteiro para derrotar a extrema-direita brasileira.

O PSB é um lugar onde você consegue dialogar com outros setores. Por exemplo, que por enquanto é pré-candidatura pelo PSB ao governo do estado, consigo ter o PT e dialogar com PDT, consigo ter o PSOL e consigo dialogar com o centro. Então, é possível nesse lugar fazer o que eu acho que tem que ser feito. Uma grande frente ampla com programa, (...) trazer setores bem amplos e muito competentes para debater um problema. Consigo trazer setores ambientais, profissionais do meio ambiente muito qualificados. Então, a gente tem uma possibilidade tanto de pessoas, de instituições, de partidos sobre o PSB na construção de um programa para o Rio de Janeiro", justificou.

Rio de Janeiro e Brasil

Freixo analisa a conjunta política nacional, começando pelo seu estado.

"Eu acho que essa crise é nacional, mas a situação do Rio é mais aguda (...) Por exemplo, da segurança pública, com o avanço das milícias, o próprio tráfico de drogas, o armamento que o tráfico de drogas usa no Rio de Janeiro não se usa em nenhum outro lugar do Brasil. O avança das milícias, dominando 58% do território da cidade do Rio de Janeiro, tendo projeto de poder.

Os últimos governadores do Rio do Janeiro, do Garotinho para cá, todos eleitos foram presos. Todos os governadores eleitos do Rio foram presos. Então é muito assustador. Tem uma relação entre crime, polícia e política que não se separa", analisou.

O político ainda é crítico das atitudes do presidente Jair Bolsonaro. "A democracia corre risco.

Bolsonaro nunca teve nenhum compromisso com a democracia também, nunca teve. Bolsonaro quando fala 'meu Exército', 'minha polícia', ele se comporta como miliciano. Quem é que tem Exército? Quem é que tem polícia? Não é o presidente da República, porque o Exército pertence ao estado. O Exército não pertence ao presidente. O Exército é uma força de estado, nem força de governo é. É uma força de estado. A polícia é uma força de estado. A polícia não pertence ao governador, governador não faz o que quer com a polícia. Nem o presidente", enfatizou.