O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) foi entrevistado no canal do YouTube da jornalista Leda Nagle. Na pauta da conversa transmitida nesta quarta-feira (23), assuntos relacionados à pandemia do coronavírus.

CPI da Covid

Acontece no Senado Federal a CPI da Covid. A comissão parlamentar de inquérito apura eventuais crimes ou omissões cometidas pelo Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no combate à pandemia. Para o senador, os trabalhos da comissão são infundados e só têm o intuito de prejudicar o presidente. "Desde que nós iniciamos a pandemia o ano passado, janeiro, fevereiro, março, um problema sério no mundo inteiro, e não apenas no Brasil, estamos enfrentando, e agora, mais recentemente essa CPI aqui no Brasil que é totalmente política.

Infelizmente essa é uma questão política, ideológica, e também tem recursos, dinheiro por trás disso aí. Muito preocupante esse processo. Portanto, estamos enfrentando, o Brasil está fazendo seu trabalho no combate à pandemia, mas ideologicamente tem alguém querendo prejudicar o presidente Bolsonaro", acusou.

Para Heinze, o governo federal enviou recursos suficientes para combate a pandemia. "Veja que o governo Bolsonaro liberou ano passado cerca de R$ 175 bilhões destinados a estados e município para a saúde. Parte eram recursos que normalmente são enviados do fundo nacional de Saúde para o fundo municipal e fundo estadual, mas em torno de R$ 40 bilhões desse total eram recursos específicos Covid, e foi repassado aos estados e municípios.

E disso aí tem muita falcatrua", reclamou.

Já ficou decidido que a comissão de inquérito não irá convocar governadores para prestar esclarecimentos, porém, Heinze afirma que sua ala irá trabalhar para convocar alguns prefeitos. "Infelizmente, isso já é resolvido e nós não vamos investigar [governadores]. Estamos, agora, pressionando para que prefeitos de grandes cidades também possam lá comparecer", disse.

Relatório paralelo

O senador da ala bolsonarista diz que ele e seus colegas estão trabalhando em um relatório para fazer oposição ao documento que será apresentado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). "Relatório primeiro ele é aprovado na comissão. E ali nós já sabemos o relatório. Renan, no primeiro dia quando ouviu o ex-ministro Mandetta, nós já sabíamos o relatório.

Ele só está acrescentando mais detalhes no relatório em todos os depoimentos. E esse relatório, ele vai ser aprovado na comissão. Não com nosso voto, nós vamos tentar rejeitá-lo e faremos um relatório paralelo. Já estamos trabalhando num relatório paralelo", informou.