As peças do xadrez político visando as Eleições de 2022 já se movimentam. Um dos últimos nomes a anunciar troca de partido foi o governador do Maranhão, Flávio Dino. Ele deixa o PCdoB, após 15 anos, para se filiar ao PSB. Dino conversou, nesta segunda-feira (21), com o Diário do Centro do Mundo, em entrevista foi transmitida ao vivo no YouTube.

Mudança de partido

No começo do bate-papo, o governador explica os motivos da ida para o PSB. "Nós vamos fazer um evento amanhã [terça-feira, dia 22], em Brasília, às 11h, e vai ser transmitido pela internet a minha filiação e a do deputado [federal] Marcelo Freixo.

Nós conversamos bastante esses meses sobre uma série de fatores que levaram a está decisão. Um deles de ordem legal. Nós temos uma legislação que impulsiona um processo de redução do número de partidos e, portanto, de aglutinação, de formação de frentes, federações. Então, eu acredito que essa é uma tendência. No curso dessa tendência, que eu considero que nós teremos nos próximos anos uma redução de trinta e três partidos para dez ou doze [partidos] no máximo. Então, como isso vai se dar juridicamente vai depender de debates que ainda estão em andamento no Congresso. Mas, sobretudo isso. Essa conjuntura de fortalecimento dessa ideia de união legalmente falando, e também politicamente considero que quanto mais aglutinação melhor para nós podermos fazer boas bancadas no Congresso, ter bons projetos nos estados e também derrotar o Bolsonaro em 2022", disse.

Manifestações

No último sábado, dia 19, diversos municípios brasileiros registraram manifestações contra o Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Para Flávio Dino, esse tipo de movimento contra o presidente deve ganhar força, mesmo em meio à pandemia do coronavírus. "Sempre temos essas questões sanitárias como um condicionante que deve ser levado em conta.

Nós vamos viver ainda um período muito difícil no que se refere ao coronavírus. Pelo que eu observei à distância, houve essa preocupação com as medidas preventivas, de máscara, distanciamento, enfim. Considero que é muito difícil frear essa tendência, porque há uma indignação acumulada. É quase como um desabafo coletivo, porque o Bolsonaro assenta a sua liderança no estilo muito belicoso, muito belicista, muito agressivo, muito desrespeitoso, misturando ofensas e deboches.

E isso gera um sentimento de indignação. Então, eu creio que essa tendência de manifestações de rua vai prosseguir. Eu espero que sempre com cuidado sanitário. Mas acho que é uma tendência que veio para ficar", opinou.