Marina Silva (Rede Sustentabilidade) foi convidada para participar do quadro GPS Político, comandada pela jornalista Gabriela Prioli. A conversa com a personalidade política foi transmitida neste sábado (19), no canal no YouTube do programa. Marina já se candidatou a presidência da República em três ocasiões, foi senadora e também já atuou como ministra.
Linha política
No início da entrevista, Marina foi perguntada em qual espectro político ela se enquadra.
"Eu me considero uma pessoa progressista. Não gosto de rótulos que as pessoas costumam se situar, porque pra mim hoje eles não estão dizendo muita coisa.
Em muitos momentos, dependendo de quem está no poder ou da expectativa dele, você vai ver a esquerda com a direita, direita com a esquerda, todo mundo junto e misturado. E eu acho que essas categorias têm sim o seu conteúdo histórico, tem sim o seu referencial como identidade pra muitas pessoas. e eu respeito. Mas eu costumo dizer que eu não fico nesses rótulos. Eu procuro buscar nesse momento, diante de uma crise enorme, eu considero uma crise civilizatória, eu procuro buscar novos paradigmas, eu acho que é isso que o mundo tá precisando. Então, eu costumo dizer que eu sou sustentabilista progressista", explicou.
Projeto para o Brasil
Para Marina Silva, um dos problemas principais do país é a desigualdade.
"Um projeto para o Brasil, num contexto do mundo em que estamos vivendo, a equação do combate as desigualdades sociais. Ela está colocada como um imperativo ético para os seguimentos dos mais vulneráveis e a gente pode até nominá-los: mulheres, pessoas pretas, pessoas LGBTQI+, populações indígenas, você tem que pensar o problema das desigualdades, porque ele é um imperativo ético para todos os tempos, mas no nosso tempo, inadmissível que tenhamos pessoas que não tem o básico para poder viver", citou.
Como ambientalista, Marina também defende a importância da utilização dos recursos ambientais de forma racional. "A questão do uso sustentável com sabedoria dos recursos naturais considerando a capacidade de suporte do planeta que já está comprometida em mais de trinta por cento", alertou.
Sobre o momento de polarização já visando as Eleições de 2022, a política diz que espaços como o canal de Gabrila Prioli são relevantes para melhora do ambiente de debate de ideias.
"Assim que a gente vai criando uma nova superfície de sustentação a qual a gente possa migrar. A gente tá num país dividido e isso não vai nos levar a lugar nenhum. Essas formas, você fazendo aqui e outros...vira uma poeira cósmica e cria um outro polo gravitacional pra onde a gente pode migrar pra relações mais saudáveis em relação a política", elogiou.